Segundo dia de protestos violentos na Catalunha obriga a cargas policiais

As forças de segurança efetuaram hoje várias intervenções, nos arredores da Delegação do Governo regional, em Barcelona, contra manifestantes que lançam garrafas, paus e petardos contra os policias que protegem a área, num clima de alta tensão na Catalunha.

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© Reuters

Lusa
15/10/2019 21:34 ‧ 15/10/2019 por Lusa

Mundo

Barcelona

Fontes das autoridades policias catalãs [Mossos D'Esquadra] disseram à agência de notícias espanholas Efe que foram forçadas a agir perante a pressão de grupos violentos que romperam a linha da polícia para recuperar o espaço perdido, apesar de afirmarem que não realizaram ações de dispersão.

A polícia municipal [Guardia Urbana] garante que estão cerca de 40 mil pessoas nas ruas, em duas manifestações paralelas convocadas pelos Comités da Defesa da República (CRD) e pelas associações Assembleia Nacional da Catalunha (ANC) e Òmnium Cultural, no segundo dia de manifestações após a leitura de sentença de dirigentes independentistas, condenados por sedição e má gestão de fundos públicos.

Desde as 19:30 que milhares de manifestantes se concentraram na rua de Mallorca, com a intenção de chegar à delegação do governo regional, seguindo as instruções do CDR.

O dispositivo policial montado pelos Mossos D'Esquadra impediu os manifestantes de chegarem à delegação, tendo estes ficado em frente às cercas que protegem o perímetro.

A partir daí, grupos de manifestantes, alguns dos quais encapuçados, atiraram contra os agentes todo o tipo de objetos: paus, petardo, chamas, vidros e tintas, tendo até arrancado um sinal de trânsito.

Os manifestantes cantaram o hino catalão e gritaram: "As ruas serão sempre nossas", "Independência", "01 de outubro, nem esquecimento, nem perdão", "Não estamos todos, faltam os presos" e "Os Mossos [D'Esquadra] são também forças de ocupação", exultando para que abandonem a Catalunha.

Também em Girona, cerca de nove mil pessoas participam numa concentração frente à Subdelegação do Governo, tentando romper o perímetro de segurança montado pelos Mossos D'Esquadra a quem já partiram o vidro de uma carrinha. Depois de uma advertência, as autoridades realizaram nova carga policial.

O Tribunal Supremo espanhol condenou os principais dirigentes políticos envolvidos na tentativa de independência da Catalunha a penas que vão até um máximo de 13 anos de prisão, no caso do ex-vice-presidente do governo catalão.

Assim que foi conhecida a sentença, uma série de grupos de independentistas iniciaram movimentos de protesto em todo o território da comunidade autónoma espanhola mais rica.

A polícia antidistúrbios carregou sobre um grupo que protestava no exterior do aeroporto de Barcelona enquanto outros grupos separatistas incendiaram pneus para impedir a circulação de comboios e alguns bloquearam a circulação rodoviária em estradas da região.

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