As seis marchas convocadas por organizações independentistas, provenientes de várias cidades catalãs, começaram a condicionar o tráfego rodoviário à medida que se aproximavam do seu destino final, a cidade de Barcelona.
Uma das estradas afetadas foi a AP-7, com várias zonas cortadas, incluindo o acesso à fronteira com França por La Jonquera (Girona). Também a Nacional 145, na zona de La Seu d'Urgell (Lleida), acesso para Andorra, permanecia cortada.
Ao longo do dia, cerca de 20 estradas na Catalunha foram encerradas e posteriormente reabertas. Em alguns casos, as vias foram bloqueadas por barricadas incendiadas.
Ao final da manhã de hoje, e com a chegada das marchas independentistas, a circulação no centro de Barcelona tornou-se impossível, com várias ruas encerradas, obrigando o desvio do trânsito para vias alternativas.
Segundo a Guarda Urbana, cerca de 525.000 pessoas vindas de toda a Catalunha estiveram hoje em Barcelona para participar na grande manifestação que reuniu as várias "marchas pela liberdade".
A Catalunha cumpre hoje um dia de greve geral para contestar a deliberação do Supremo Tribunal espanhol que condenou, na segunda-feira, os principais dirigentes políticos catalães envolvidos na tentativa de independência daquela comunidade autónoma espanhola a penas que vão até um máximo de 13 anos de prisão.
A cidade de Barcelona tornou-se, desde a noite de segunda-feira, cenário de confrontos entre polícias e manifestantes, que construíram barricadas, queimaram mobiliário urbano e pneus, fizeram fogueiras e atiraram pedras e petardos contra as autoridades.
Na noite de quinta-feira, foram registados nas ruas de Barcelona confrontos entre independentistas radicais e elementos da extrema-direita.
Após o fim da grande manifestação independentista pacífica de hoje, permanecem nas ruas de Barcelona grupos de manifestantes conotados como radicais e um forte dispositivo das forças de segurança, que já realizaram várias cargas policiais.