Pelo menos 55 elefantes morreram de fome no parque nacional do Zimbabué

Pelo menos 55 elefantes morreram de fome nos últimos dois meses no maior parque nacional do Zimbabué, em resultado da ação combinada da pior seca dos anos anteriores e do colapso da economia daquele país da África Austral.

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Lusa
21/10/2019 16:35 ‧ 21/10/2019 por Lusa

Mundo

África

"O problema é real, a situação é terrível", reconheceu hoje o porta-voz da National Parks and Wildlife Management Authority, Tinashe Farawo, citado pela agência Associated Press.

Outros animais no Parque Nacional Hwange, como os leões, foram também afetados.

A situação de seca extrema e a ausência de alimentação nos parques naturais do país tem levado muitos animais a ultrapassarem as fronteiras das reservas de vida selvagem e a destruírem plantações, assim como, por vezes, a matarem pessoas, indicou ainda o porta-voz, segundo o qual mais de 20 pessoas terão sido mortas apenas este ano.

A superlotação em Hwange, por outro lado, está a contribuir para a destruição da vegetação.

O parque tem capacidade para 15.000 elefantes, mas atualmente tem cerca de 53.000, segundo a mesma fonte.

"A maior ameaça" aos animais selvagens no Zimbabué é agora a "perda de habitat", de acordo com Tinashe Farawo, que acrescentou: "Conseguimos reduzir significativamente a caça furtiva... estávamos a perder centenas de elefantes nos últimos anos, mas no ano passado perdemos não mais de 20 por efeito da caça furtiva".

O Zimbabué tem uma das maiores populações de elefantes de África e tem vindo a tentar sensibilizar entidades internacionais e países signatários da Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies de Fauna e Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção no sentido de lhe ser autorizada a caça e exportação de mais marfim, para aliviar a pressão sobre os habitats dos animais e a angariar dinheiro necessário para a conservação.

O Botsuana, que também possui uma grande população de elefantes, levantou este ano a proibição da caça de elefantes, com o argumento de que a medida ajudará a reduzir o conflito entre humanos e animais e constitui um rendimento necessário ao país.

 

 

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