"De forma alguma vou permitir mais meses disto [debate sobre 'Brexit']. Se o parlamento recusar que o 'Brexit' aconteça e, em vez disso, decidir adiar tudo até janeiro ou por mais tempo, em nenhuma circunstância o governo vai continuar com isto", afirmou.
"Lamentavelmente, a proposta de lei terá que ser retirada e teremos que avançar para eleições legislativas. E nessas eleições, eu vou defender que se deixe concluir o 'Brexit", acrescentou.
Boris Johnson referia-se ao risco de os deputados chumbarem a moção com o calendário de aprovação do texto, que o governo pretende acelerar e concluir em três dias, até quinta-feira.
Além de cinco horas de debate hoje, até às 19:00 horas, prevê 12 horas de debate na quarta-feira e mais oito horas de debate e a votação na especialidade na quinta-feira.
A legislação será votada na generalidade hoje às 19:00 horas e a moção com o calendário votada logo depois.
O acordo, que negociou com Bruxelas, "não nos dá tudo o que queremos e todos nós podemos encontrar cláusulas e disposições que podemos rejeitar", admitiu o primeiro-ministro.
Mas também lembrou que "durante três anos e meio, este Parlamento está preso a um impasse criado por si próprio. E a verdade é que todos nós temos responsabilidade".
Mas o líder do partido Trabalhista, Jeremy Corbyn, considera que "17 horas não são muito para analisar 40 cláusulas e 110 páginas" e acusou o primeiro-ministro de "tentar tapar os olhos a este Parlamento para forçar o acordo".
Corbyn lembrou que o governo tinha dito antes que o parlamento precisaria de quatro semanas para analisar e aprovar esta legislação.