"Aviso o povo boliviano. Vários agentes sociais preparam-se para dirigir um golpe de Estado esta semana", declarou hoje Morales, no poder desde 2006 e, segundo os resultados oficiais, reeleito há uma semana com um avanço de mais de 10 pontos em relação ao seu adversário Carlos Mesa, o que lhe permite a vitória logo na primeira volta.
"Fomos informados. E o que dizem? (...) Fora Evo Morales! Isto quando ganhámos com mais de 10% na primeira volta... Não reconhecem o voto das zonas rurais", disse o Presidente boliviano, durante uma visita ao centro do país, acrescentando que tem "a responsabilidade de avisar o povo" para que este defenda a atual gestão política.
No sábado, Evo Morales insistiu que não haverá segunda volta, apesar da tensão no país e das exigências da oposição, apoiadas pela União Europeia, Estados Unidos, Organização dos Estados Americanos (OE), Colômbia e Argentina.
Vários grupos e organizações da sociedade civil que integram a vaga de contestação pediram que continue a greve geral iniciada na quarta-feira.
Por sua vez, Carlos Mesa prometeu que as manifestações, que começaram logo após as eleições, vão decorrer a um ritmo mais intenso a partir de segunda-feira.