"O governo saudita acompanhou o anúncio do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre o sucesso da perseguição e da eliminação do líder do Daesh (acrónimo árabe do Estado Islâmico), o terrorista Abu Bakr al-Baghdadi", declarou um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Arábia Saudita.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou no domingo a morte de Abu Bakr al-Baghdadi numa operação militar norte-americana no noroeste da Síria.
"O governo saudita aprecia os enormes esforços do Governo norte-americano, que tem perseguido os membros deste grupo perigoso, que trabalhou para desfigurar a imagem do Islão e os muçulmanos no mundo e cometeu em muitos países, incluindo a Arábia Saudita, horrores e crimes contrários aos valores humanos básicos", acrescentou.
O porta-voz indicou ainda que a Arábia Saudita "continuará, com os seus aliados, liderados pelos Estados Unidos, a combater o terrorismo, acabar as suas fontes e combater a sua ideologia terrorista".
Também a China reagiu à morte de al-Baghdadi, pedindo uma cooperação internacional para "eliminar o terreno fértil do terrorismo".
O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Geng Shuang, disse hoje aos jornalistas que, como "vítima do terrorismo", a China "participou ativamente na campanha internacional antiterrorismo".
Geng instou a comunidade internacional a "reforçar ainda mais a cooperação para combater em conjunto o terrorismo", acrescentando que a China acredita que devem "abordar tanto a manifestação como a raiz do problema no combate ao terrorismo" e lutar "para eliminar o terreno fértil do terrorismo".
A China reprimiu duramente os uigures e outros grupos muçulmanos minoritários no noroeste, após uma série de ataques atribuídos a terroristas que mataram centenas no início da década.
Estima-se que um número desconhecido de muçulmanos chineses tenha fugido para a Síria e o Iraque para lutar ao lado do grupo jihadista Estado Islâmico.
O principal porta-voz do Governo do Japão também saudou a morte do líder do grupo extremista Estado Islâmico, al-Baghdadi, como um primeiro passo importante para restaurar a paz e a estabilidade no Médio Oriente.
O secretário-chefe do gabinete, Yoshihide Suga, elogiou hoje o resultado "como parte de medidas internacionais contra o extremismo".
"Abu Bakr al-Baghdadi está morto", disse Trump numa comunicação ao país na Casa Branca no domingo.
Trump disse que o líder do grupo jihadista escondeu-se num túnel durante a operação militar e detonou um colete de explosivos, o que lhe provocou a morte, bem como a três dos seus filhos.
"Morreu como um cão", disse Trump. "Morreu como um cobarde, a fugir e a chorar".
Abu Bakr al-Baghdadi era um dos homens mais procurados do planeta e tinha a cabeça a prémio por 25 milhões de dólares.