Num comunicado publicado no seu sítio oficial, as Nações Unidas, cujo secretário-geral é António Guterres, lembra os conflitos que têm ocorrido na Bolívia.
"As Nações Unidas apelam clara e urgentemente aos atores políticos, grupos sociais e a todos os bolivianos para que reduzam as tensões e rejeitem qualquer ato de violência neste momento difícil para o país", refere o documento.
A Bolívia está a viver protestos continuados desde que a oposição política e outros movimentos denunciaram o que dizem ser uma fraude eleitoral nas eleições presidenciais a favor do presidente Evo Morales, dado como vencedor pelo organismo eleitoral.
Os resultados definitivos deram Morales como vencedor, com 47,8% dos votos, que assim derrotava Carlos Mesa, creditado com 36,51%.
Esta diferença superior a 10 pontos percentuais (10,57) é suficiente para o mandatário ganhar à primeira volta.
A lei eleitoral exige 50% dos votos mais um ou 40% com 10 pontos de vantagem sobre o segundo para vencer na primeira volta.
Carlos Mesa declarou na segunda-feira aos seus apoiantes que não se vai render até que termine na prisão ou na Presidência.
O chefe de Estado da Bolívia nega irregularidades na sua reeleição e afirma que é bem-vinda uma auditoria internacional das eleições e contagem de votos, enquanto Mesa exige novas eleições ou uma segunda volta.