Pablo Iglesias disse, em conferência de imprensa, que se trata de uma "necessidade histórica" perante o reforço nestas eleições, as segundas sete meses, da extrema-direita espanhola, "uma das mais fortes e poderosas da Europa".
O secretário-geral do Podemos, que se revelou disponível para "negociar um Governo de coligação", comentava os resultados eleitorais ao lado do coordenador federal da Esquerda Unida, Alberto Garzón.
O Podemos (extrema-esquerda) e a Esquerda Unida fazem parte da coligação Unidas Podemos, que se manteve hoje como a quarta força política mais votada, embora elegendo 35 deputados, menos 7 do que nas eleições de 28 de abril.
Para Iglesias, os resultados "não são bons" nem para o Unidas Podemos, nem para o PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol), que voltou a ganhar as eleições sem maioria absoluta, obtendo 120 deputados (menos 3 do que em abril).
O Vox (extrema-direita) passou a ser a terceira força política mais votada, passando de 24 para 52 deputados.
O Partido Popular (direita) reforçou a posição de segundo partido, elegendo 87 deputados (mais 21 do que em abril).
Os espanhóis voltaram hoje às urnas para eleger 350 deputados e 208 senadores.
As eleições foram convocadas em setembro pelo Rei de Espanha, depois de constatar que o primeiro-ministro socialista em funções, Pedro Sánchez, não conseguiu reunir os apoios suficientes para voltar a ser investido no lugar na sequência das eleições de 28 de abril.