"Ganhámos as eleições e a partir de amanhã [segunda-feira] vamos trabalhar para esse Governo progressista do PSOE", concluiu Sánchez num pequeno discurso de vitória perante cerca de 200 militantes e apoiantes do PSOE reunidos em frente à sede nacional do partido, em Madrid.
O líder socialista e primeiro-ministro em exercício não explicou como é que vai conseguir os apoios necessários para ser investido quando o PSOE, apesar de ter ganho as eleições, ter perdido lugares no parlamento, assim como o principal potencial parceiro Unidas Podemos.
"Agora sim ou sim, vamos conseguir um Governo progressista", insistiu Sánchez, que só exclui do apelo feito os que se "autoexcluem da convivência e semeiam o discurso do ódio" numa referência ao Vox.
Os socialistas do PSOE com 120 deputados eleitos (28,0% dos votos) lideram a contagem de votos das eleições de hoje em Espanha quando estão escrutinadas 99,95% das assembleias de votos, praticamente a totalidade.
Em segundo lugar vem o PP (direita) com 88 lugares (20,8%) seguindo-se o partido de extrema-direita Vox com 52 lugares (15,1%).
A coligação de extrema-esquerda Unidas Podemos elegeu até agora 35 deputados (12,8%) e o Cidadãos obtém apenas 10 lugares (6,8%).
Com estes resultados, o bloco dos partidos de esquerda (PSOE, Unidas Podemos e Mais País) totaliza 158 deputados num total de 350, enquanto o bloco de direita (PP, Vox e Cidadãos) alcança 152 lugares.
Pedro Sánchez, mais enfraquecido, continua a ser o mais bem posicionado para conseguir ser investido primeiro-ministro em segunda votação no parlamento, quando apenas precisar de uma maioria relativa de votos.
Nas eleições de 28 de abril, os socialistas do PSOE tiveram 28,7% dos votos, seguidos pelo PP com 16,7%, o Cidadãos (direita liberal) com 15,9%, o Unidas Podemos (extrema-esquerda) com 14,3% e o Vox (extrema-direita) com 10,3%.
As eleições de hoje foram convocadas em setembro pelo Rei de Espanha, depois de constatar que o primeiro-ministro socialista em funções, Pedro Sánchez, não conseguiu reunir os apoios suficientes para voltar a ser investido no lugar na sequência das eleições de abril.