Nas eleições legislativas espanholas de hoje, as segundas em sete meses, o Vox (extrema-direita) passou de quinta para terceira força política, elegendo 52 deputados, mais 28 face ao escrutínio de abril.
Falando a centenas de simpatizantes do exterior da sede do partido, em Madrid, Abascal sublinhou que o Vox foi o partido que mais subiu em votos e em deputados, considerando a "façanha política mais fulgurante e rápida da democracia espanhola".
"Hoje celebramos o nosso crescimento e podemos olhar o futuro com mais otimismo, mas devemos fazê-lo sem euforia", afirmou o líder do Vox, advertindo para "a incerteza" da resposta que o Estado vai dar "aos golpistas" da Catalunha.
Nestas eleições, a Esquerda Republicana da Catalunha passou de sexta para quinta força política, ultrapassado o Cidadãos, ao eleger 13 deputados.
O Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) voltou a ganhar as eleições sem maioria absoluta, elegendo 120 deputados (menos 3 do que em abril).
Para Santiago Abascal, o escrutínio de hoje permitiu consolidar uma "alternativa patriótica e social", com o Vox a ter a "responsabilidade histórica" de construir uma "verdadeira oposição ao consenso progressista".
Os espanhóis voltaram hoje às urnas para eleger 350 deputados e 208 senadores.
As eleições foram convocadas em setembro pelo Rei de Espanha, depois de constatar que o primeiro-ministro socialista em funções, Pedro Sánchez, não conseguiu reunir os apoios suficientes para voltar a ser investido no lugar na sequência das eleições de 28 de abril.