"A detenção, o encarceramento e o tratamento violento são comuns em muitos contextos, incluindo hospitais estaduais, centros de reabilitação, centros tradicionais de cura e instalações religiosas cristãs e islâmicas", afirmou a HRW em comunicado.
A especialista para a área de deficiência daquela organização não-governamental (ONG) Emina Cerimovic defendeu que "as pessoas com problemas de saúde mental devem ser apoiadas e receber serviços efetivos nas suas comunidades, não acorrentadas e abusadas".
O Presidente nigeriano, Muhammadu Buhari, disse em outubro de 2019, a propósito dos centros de reabilitação islâmicos, que "não toleraria a existência de câmaras de tortura e abusos físicos de reclusos em nome da reabilitação", lembrou a ONG.
Contudo, frisou a HRW, "o Governo ainda não reconheceu que esse abuso é também comum nas instalações geridas pelo Estado".
Entre agosto de 2018 e setembro de 2019, a Human Rights Watch visitou 28 instalações "que oferecem (...) serviços de saúde mental em oito estados e no Território da Capital Federal, incluindo hospitais psiquiátricos federais, hospitais gerais do Estado, centros de reabilitação estatais, centros de reabilitação estatais, centros de reabilitação islâmicos, centros tradicionais de cura, e igrejas cristãs".
A HRW entrevistou 124 pessoas: 49 vítimas que foram acorrentadas e as suas famílias, funcionários em várias instalações, profissionais de saúde mental e funcionários do Governo.