De acordo com as autoridades, o indicente ocorreu quando as forças de segurança iraquianas avançaram para reconquistar duas pontes na cidade de Nassíria, na vanguarda da revolta contra o poder no sul do país.
Cerca de 50 manifestantes, que tinham bloqueado aquelas pontes, como parte de um amplo movimento de desobediência civil, ficaram feridos, alguns dos quais com gravidade, indicaram.
A operação das forças de segurança teve início no dia seguinte à nomeação de um novo comandante militar na província para "impor a segurança e restaurar a ordem", segundo um comunicado oficial.
Em dois meses, manifestações e violências causaram já mais de 360 mortos e 15 mil feridos, de acordo com um balanço da agência de notícias France-Presse (AFP) a partir de dados fornecidos por fontes médicas e policiais, dado que as autoridades deixaram de apresentar balanços oficiais.
Na noite de quarta-feira, centenas de manifestantes incendiaram, depois de entraremo no prédio, o consulado do Irão em Najaf, mais a norte, num dia em que a violência no Iraque causou pelo menos seis mortos.
Numa reação ao ataque, o Irão condenou, através do porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano Abbas Mousavi, citado pela agência de notícias oficial IRNA, o ataque e "exigiu uma ação decisiva, eficaz e responsável contra os agentes de destruição e os agressores" contra aquele consulado na cidade santa xiita de Najaf, no sul do Iraque.
Esta manhã, as ruas de Najaf estavam relativamente desertas, na sequência de um novo recolher obrigatório decretado pelas autoridades iraquianas, de acordo com um correspondente da AFP.
A contestação nas ruas, de um dos países mais ricos em petróleo do mundo, começou a 1 de outubro, com dezenas de milhares de iraquianos a exigirem a revisão do sistema político e a renovação total da classe política dominante, que acusam de ser corrupta.