Macron mantém que a NATO está em "morte cerebral"

O presidente francês, Emmanuel Macron, disse hoje que mantém a declaração que fez sobre a NATO, numa entrevista em novembro, em que disse que a organização está em "morte cerebral".

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Lusa
03/12/2019 16:33 ‧ 03/12/2019 por Lusa

Mundo

Emmanuel Macron

Emmanuel Macron disse hoje que mantém o teor da declaração ao The Economist, quando disse que a NATO enfrenta sérios problemas internos, considerando que a Organização do Tratado do Atlântico Norte está em "morte cerebral".

Macron reiterou a ideia numa conferência de Imprensa conjunta com o presidente dos EUA, Donald Trump, que, horas antes, tinha voltado a comentar a entrevista do seu homólogo francês dizendo que essas declarações tinham sido "muito insultuosas".

"Ouvi o Presidente Macron dizer que a NATO estava em morte cerebral. Penso que isso é muito insultuoso para várias forças", disse Trump, referindo-se às declarações que hoje o Presidente francês repetiu.

Contudo, logo de seguida, o Presidente norte-americano disse estar confiante de que será possível resolver "a pequena disputa" que tem com Macron sobre o funcionamento da NATO, após terem abordado a questão do financiamento da organização.

Enquanto Trump voltou a insistir na ideia de que os aliados devem fazer um maior esforço financeiro, Macron disse que não se trata "apenas de dinheiro" e que o mais importante é existir uma "estratégia clara" sobre o que deve ser a NATO.

Macron pediu ainda mais diálogo estratégico com a Rússia, mas "sem ingenuidade", em reação a declarações de hoje do Presidente Vladimir Putin, que disse estar disponível para cooperar com a NATO, apesar do comportamento "cruel" da organização para com as posições russas.

"Precisamos de iniciar um diálogo, sem ingenuidade com a Rússia, para reduzir o conflito com este país", disse Macron, na conferência de Imprensa, ao lado de Donald Trump.

Os dois líderes falavam no arranque da cimeira da NATO, que decorre desde hoje até quarta-feira, em Londres, para discutir o futuro da cooperação militar entre os 29 países membros da organização, num ambiente tenso entre ameaças externas e divergências internas sobre questões críticas como a intervenção militar turca na Síria, a ameaça das tecnologias chinesas ou as contribuições para o orçamento da Aliança.

 

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