Em 2017, Theo Martins Jackson e Willem Oosthuizen foram condenados a 19 anos e 16 anos de prisão, respetivamente, ambos com cinco anos de pena suspensa, por um tribunal em Middelburg, no nordeste da África do Sul.
O caso tornou-se viral através de um vídeo e causou agitação na África do Sul, onde os ataques racistas continuam a atingir o país, em particular em regiões rurais, um quarto de século depois do fim oficial do regime do 'apartheid'.
O vídeo, de 20 segundos, mostra Victor Mlotshwa a ser deitado num caixão enquanto um dos réus o tenta fechar.
Um dos atacantes tentou também incendiar o caixão e chegou mesmo a atirar-lhe uma serpente.
Os agricultores declararam-se inocentes e recorreram da primeira decisão.
"Este tribunal considerou que as partes que recorreram deveriam ter sido consideradas culpadas de agressão e não de tentativa de homicídio", afirmou a juíza Yvonne Thokozile Mbatha, do Supremo Tribunal de Recurso de Bloemfontein, que agora condenou os dois réus a cinco anos de prisão cada.