As autoridades neozelandesas vão tentar chegar à ilha de White Island às primeiras horas da manhã de sexta-feira (segundo horário local, será na noite de quinta-feira em Portugal) numa tentativa de recuperar os corpos dos oito turistas que ficaram para trás na sequência da erupção do vulcão, mesmo existindo sérios riscos.
De acordo com o Guardian, a decisão foi tomada pela polícia tendo em conta a pressão feita pelas famílias, desesperadas para recuperar os restos mortais dos entes queridos, que são sujeitos a mais agressão a cada dia que passa - sublinhe-se que o vulcão continua ativo, a libertar vapores e lava.
A agência governamental de monitorização sísmica GeoNet informou que a atividade sísmica em White Island atingiu níveis que não eram registados desde a erupção em 2016 e que existe um risco de uma nova erupção até sexta-feira na ordem dos 40% a 60%.
A tentativa de recolha dos corpos será feita mediante grande risco para os oito operacionais das forças militares que vão levar a cabo a missão, uma vez que existe risco de nova erupção. A operação deverá demorar várias horas a concluir por causa das variantes de risco: atividade sísmica, meteorologia e condições do terreno.
As autoridades já tinham anunciado antes que seis dos oito corpos já foram localizados com a ajuda de meios aéreos, mas desconhece-se o paradeiro dos outros dois. A ideia será fazer uma operação de recolha rápida, isto é, aterrar, pegar nos corpos e sair o mais rápido possível. A procura pelos dois corpos ainda por localizar será feita mediante as condições encontradas.
Recorde-se que o número de mortos na erupção do vulcão na Nova Zelândia subiu para 16, após a morte de duas pessoas que estavam a receber tratamento hospitalar, de acordo com as autoridades.
Cerca de 50 pessoas visitavam a White Island, na segunda-feira, quando o vulcão entrou em erupção quase de forma "instantânea", como indicaram alguns especialistas. A explosão lançou rochas e uma grande quantidade de cinzas sobre toda a ilha, transformando o local num sítio inacessível em pouco tempo. Os feridos, mais de 30, ficaram com queimaduras no corpo, de vários níveis de gravidade - a maior parte dos feridos tem queimaduras em mais de 30% do corpo.
Os médicos não descartam que outros feridos possam morrer na sequência das queimaduras.