O primeiro-ministro e candidato do Partido Conservador, Boris Johnson, foi o primeiro dos líderes a votar, tendo chegado à mesa de voto em Westminster, Londres, acompanhado do seu cão, cerca das 8h15.
Os primeiros-ministros costumam votar em si próprios no círculo eleitoral que representam, mas Boris Johnson optou por votar na circunscrição de Cities of London and Westminster, onde fica a residência oficial, Downing Street, e não em Uxbridge and South Ruislip, no oeste de Londres, onde é candidato.
O círculo onde Johnson votou hoje é dominado pelos Conservadores há décadas, mas na última eleição os 'Tories' tiveram uma maioria de apenas 3.148 votos, pelo que é considerado um círculo 'marginal', ou seja, onde há risco de mudança.
Além disso, o partido enfrenta a concorrência do antigo deputado trabalhista Chuka Umunna, que abandonou o 'Labour' este ano para se juntar a outros deputados pró-europeístas no grupo 'Change UK' e acabou por se filiar os Liberais Democratas, partido pelo qual concorre hoje.
Na circunscrição onde concorre, Johnson enfrenta uma forte campanha que apela ao voto útil para lhe retirar o lugar.
O líder trabalhista, Jeremy Corbyn, votou na sua circunscrição de Islington, no norte de Londres, onde foi recebido por um pequeno grupo de apoiantes e também por uma mulher manifestante vestida como a personagem Elmo, da Rua Sésamo, que foi impedida pelos seguranças de se aproximar do candidato quando entrava na assembleia de voto.
Perante a agitação, Corbyn pediu então aos envolvidos no incidente: "Podemos parar com as discussões, por favor?"
A líder dos Liberais Democratas, Jo Swinson, votou na sua cidade de Glasgow, na Escócia, assim como a líder do Partido Nacionalista Escocês, Nicola Sturgeon.
A Escócia foi já hoje palco de um incidente, tendo a policía provocado uma explosão controlada de um objeto suspeito junto a uma mesa de voto em North Lanarkshire e detido um homem de 48 anos no âmbito do mesmo caso.
A polícia garantiu que a explosão tinha sido provocada por precaução e afirmou que a investigação continua.
Entretanto no Twitter sucedem-se fotografias e relatos de longas filas para votar em algumas assembleias de voto em cidades como Londres ou Manchester.
Muitos eleitores dizem nunca ter visto filas tão longas para votar nas suas assembleias de voto e questionam-se se será sinal de uma forte adesão às urnas.
Cerca de 46 milhões de britânicos são chamados a votar até às 22:00 de hoje numas legislativas antecipadas convocadas pelo governo para tentar desbloquear o impasse criado no parlamento sobre o processo de saída do país da União Europeia (UE).
O Partido Conservador, do primeiro-ministro, Boris Johnson, vai tentar recuperar uma maioria absoluta, perdida devido a expulsões e deserções de deputados insatisfeitos com o rumo do 'Brexit' e também devido ao desentendimento com o aliado Partido Democrata Unionista (DUP) da Irlanda do Norte.
No lado oposto, o Partido Trabalhista lidera a oposição na tentativa de travar o acordo negociado por Johnson com Bruxelas para completar o processo de saída da UE até 31 de janeiro, prometendo renegociar os termos e submeter o resultado a referendo.
Uma sondagem feita à boca das urnas em comum para as três principais televisões britânicas BBC, ITV e Sky News será divulgada logo após as 22:00 locais (mesma hora em Lisboa), quando o processo de contagem dos votos vai começar, mas os principais resultados só são esperados durante a madrugada de sexta-feira.