De acordo com a estação televisiva estatal iraquiana, citada pela France-Presse, o alvo principal do ataque norte-americano era um comandante da Hachad al-Chaabi, mas a cadeia televisiva não especifica a identidade desse alvo.
Os cinco mortos foram confirmados à Associated Press (AP) por oficiais iraquianos.
Este é o segundo ataque norte-americano em menos de 24 horas, depois de o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter ordenado um ataque com um 'drone' (veículo aéreo não tripulado), em Bagdad, capital iraquiana, e que matou Qassem Soleimani, comandante da força de elite dos Guardiães da Revolução iranianos, Al-Qods, juntamente com o "número dois" da coligação de grupos paramilitares pró-iranianos no Iraque Hachd al-Chaab, Abu Mehdi al-Muhandis, e outras seis pessoas.
Na sexta-feira, o chefe de Estado norte-americano referiu que Soleimani foi morto para "parar uma guerra" e não para "começar uma guerra", acrescentando que os Estados Unidos estão "prontos e preparados" para responder à retaliação de Teerão.
Washington anunciou também que vai enviar mais 3.000 militares para o Médio Oriente, após a morte daquele general.
Fontes do Departamento de Defesa, citados pela AP sob condição de anonimato, referiram que os efetivos pertencem à 82.ª Divisão de Paraquedistas de Fort Bragg, no estado da Carolina do Norte.
Aqueles efetivos somam-se aos cerca de 700 soldados da 82.ª Divisão que foram enviados para o Koweit no início desta semana após a invasão do complexo da embaixada dos EUA em Bagdad por milicianos apoiados pelo Irão.
O ataque já suscitou várias reações, tendo quatro dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas - Rússia, França, Reino Unido e China - alertado para o inevitável aumento das tensões na região e pedem às partes envolvidas que reduzam a tensão.
No Irão, o sentimento é de vingança, com o Presidente e os Guardas da Revolução a garantirem que o país e "outras nações livres da região" vão vingar-se dos Estados Unidos.
Também o líder supremo do Irão, o ayatollah Ali Khamenei, prometeu vingar a morte do general e declarou três dias de luto nacional, enquanto o chefe da diplomacia considerou que a morte como "um ato de terrorismo internacional".
Do lado do Iraque, o primeiro-ministro demissionário, Adel Abdel Mahdi, advertiu que este assassínio vai "desencadear uma guerra devastadora no Iraque" e o grande ayatollah Ali al-Sistani, figura principal da política iraquiana, considerou o assassínio do general iraniano Qassem Soleimani "um ataque injustificado" e "uma violação flagrante à soberania iraquiana".