"Na verdade, foi um ato de guerra dos Estados Unidos contra o povo iraniano", declarou o diplomata em entrevista à cadeia televisiva norte-americana CNN.
Para Ravanchi, o ataque dos Estados Unidos com um 'drone', em Bagdad, que também visou o 'número dois' da coligação de grupos paramilitares pró-iranianos no Iraque Hachd al-Chaab, constitui "um novo capítulo que equivale a abrir uma guerra contra o Irão".
"Não podemos fechar os olhos ao que aconteceu: definitivamente haverá uma vingança, uma vingança dura", advertiu.
Qassem Soleiman, comandante da força de elite dos Guardiães da Revolução iranianos, Al-Qods, morreu num ataque dos EUA com um 'drone' [aparelho aéreo não tripulado], em Bagdad, na sexta-feira, juntamente com o 'número dois' da coligação de grupos paramilitares pró-iranianos no Iraque Hachd al-Chaab, Abu Mehdi al-Muhandis, e outras seis pessoas.
O líder supremo do Irão, o ayatollah Ali Khamenei, prometeu vingar a morte de Soleimani, e o Conselho Supremo de Segurança Nacional iraniano disse que a vingança ocorrerá "no lugar e na hora certos".
Tanto para os seus apoiantes, como para os seus críticos, Qassem Soleimani, que desempenhou um papel importante no combate aos 'jihadistas', era encarado como o homem-chave da influência iraniana no Médio Oriente, tendo reforçado o peso diplomático de Teerão, nomeadamente no Iraque e na Síria, dois países onde os Estados Unidos estão envolvidos militarmente.
O diferendo entre os Estados Unidos e o Irão é longo e a tensão tem vindo a subir de tom desde que o Presidente norte-americano, Donald Trump, retirou unilateralmente, em meados de 2018, Washington do acordo internacional sobre o dossiê nuclear iraniano (firmado em 2015), e decidiu restaurar sanções devastadoras para a economia iraniana.
Para reforçar uma eventual resposta a uma reação iraniana, os Estados Unidos decidiram enviar mais 3.000 militares para o Médio Oriente.