O ativista e fundador do WikiLeaks está detido em Londres e espera uma decisão judicial de extradição para os Estados Unidos, pedida devido à filtragem de milhares de documentos confidenciais.
Assange esteve refugiado na embaixada equatoriana em Londres durante sete anos até ser detido em abril de 2019, após o Equador, liderado pelo atual presidente, Lenin Moreno, lhe ter retirado a proteção diplomática.
O PT considera que a prisão do ativista é um ato "autoritário" contrário à liberdade de informação e foi efetuada pela "forte pressão" da administração do Presidente dos EUA, Donald Trump, e de uma decisão do seu homólogo equatoriano que contraria as convenções internacionais relacionadas com a proteção dos exilados e refugiados políticos.
"Através do WikiLeaks, Assange forneceu uma luz sobre casos de crimes de guerra, violação de direitos internacionais e espionagem do Governo dos Estados Unidos", assinala o comunicado publicado pelo maior partido da esquerda latino-americana.
O partido de Lula recorda que entre as revelações divulgadas pelo ativista também foi confirmada a espionagem norte-americana à ex-presidente do Brasil Dilma Roussef e a responsabilidade dos Estados Unidos em "desestabilizar regimes de governos".
O PT insistiu ainda no texto que as consequências das "espionagens" reveladas por Assange são "especialmente" percetíveis nos países latino-americanos, onde várias democracias foram "agredidas" e "corrompidas" pelas manipulações realizadas com objetivos políticos através das novas tecnologias e a difusão de 'fake news' (notícias falsas).
"Defendemos Julian Assange pelo nosso profundo compromisso com a defesa da liberdade de informação e de imprensa, e dos princípios essenciais da própria democracia", conclui o comunicado do PT.