De acordo com uma fonte da polícia de Al Anbar, no oeste do Iraque, citada pela agência Efe, vários mísseis foram disparados conta essa base, mas ainda não são conhecidos quaisquer vítimas ou danos materiais causados pelo impacto.
Uma fonte do exército do Iraque detalhou, entretanto, que 13 mísseis atingiram Ain Assad e que se ouviram explosões dentro do perímetro da base militar, mas também não conseguem confirmar se existem vítimas.
O porta-voz do Departamento de Defesa dos Estados Unidos da América (EUA), Jonathan Hoffman, confirmou o disparo de "mais de uma dúzia de mísseis balísticos" iranianos contra "as forças militares dos Estados Unidos da América e da coligação" em Ain Assad e Arbil - a outra localidade que terá sido alvo do ataque.
Os Guardas da Revolução iraniana ameaçaram, entretanto, hoje atacar "no interior dos EUA", "Israel" e "aliados dos EUA".
A ameaça de atacar "dentro dos EUA" foi feita no canal dos Guardas da Revolução, citado pela CNN, em comentário a uma eventual retaliação norte-americana aos ataques realizados na noite de hoje a duas bases iraquianas com militares dos EUA.
No mesmo canal, os Guardas da Revolução mencionaram a possibilidade de atacarem o Dubai, nos Emirados, e Haifa, em Israel, se fossem bombardeados.
Antes, em comunicado, os Guardas da Revolução tinham ameaçado atacar "Israel" e "aliados dos EUA".
As ameaças iranianas são os últimos desenvolvimentos de um aumento de tensão entre os Estados Unidos e o Irão depois da morte do general Qassem Soleimani, comandante da força de elite iraniana Al-Quds, na sexta-feira, num ataque aéreo contra o carro em que seguia, junto ao aeroporto internacional de Bagdade, capital do Iraque, ordenado pelo Presidente dos EUA, Donald Trump.
Na noite de hoje, a Casa Branca referiu que Donald Trump foi informado dos ataques contra instalações norte-americanas no Iraque e segue a situação "de perto".
A base aérea de Ain Assad foi a primeira base utilizada pelos forças militares norte-americanas após a invasão do Iraque em 2003 destinada a derrubar Saddam Hussein.
As forças dos EUA permaneceram estacionadas no local quando foi desencadeado o combate no Iraque e na Síria contra o grupo 'jihadista' Estado Islâmico (EI).
A televisão estatal iraniana referiu que esta operação militar foi designada "Mártir Soleimani". Indicou ainda que a divisão aeroespacial dos Guardas da Revolução, que controla o programa de mísseis iranianos, desencadeou o ataque. O Irão referiu que vai disponibilizar posteriormente mais informações.