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Pedro Sánchez já tomou posse como primeiro-ministro espanhol

O governante fez o juramento perante o rei Felipe VI, no Palácio da Zarzuela.

Pedro Sánchez já tomou posse como primeiro-ministro espanhol
Notícias ao Minuto

10:40 - 08/01/20 por Sara Gouveia

Mundo Espanha

O recém-investido primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, tomou posse, esta quarta-feira, perante o rei Felipe VI, no Palácio da Zarzuela. O Diário Oficial do Estado (BOE) tem publicado desde as 7h o decreto de nomeação assinado por sua majestade, refere o El Pais.

Pedro Sánchez foi investido ontem numa votação renhida - 167 votos a favor, 165 contra e 18 abstenções - após oito meses de funções interinas e com duas eleições no meio. Depois da votação, Felipe VI recebeu à tarde a presidente do Congresso dos Deputados, Meritxell Batet, que lhe deu conta dos resultados.

"Prometo por minha consciência e honra cumprir fielmente as obrigações do cargo de presidente do Governo, com lealdade ao Rei; e cumprir e fazer cumprir a Constituição como regra fundamental do Estado, bem como manter o sigilo das deliberações do Conselho de Ministros", pronunciou Sánchez numa cerimónia de tomada de posse rápida.

Num momento de descontração, o rei felicitou o recém empossado primeiro-ministro e Sánchez terá dito ao monarca: "Oito meses para dez segundos...", refere a RTVE. Ao que Felipe VI terá respondido com um "foi rápido, simples e indolor".

Esta foi a segunda vez que Sánchez cumpre o processo de juramento à Constituição e o líder socialista tornou-se o primeiro primeiro-ministro a fazer o juramento sem crucifixo ou Bíblia. Com a chegada de Felipe VI, a Casa Real mudou o protocolo e permitiu aos altos cargos prometer perante o rei sem símbolos religiosos, de acordo com a liberdade religiosa contida na Constituição, mas Sanchez foi o primeiro presidente do governo que dispensou eles.

O seu governo será o primeiro de coligação desde o início da democracia espanhola, que começou com a aprovação da Constituição de 1978. Segundo Sánchez apresentou no passado sábado - na primeira sessão de investidura -  o programa do governo de coligação que os socialistas pretendem formar com o Unidas Podemos (extrema-esquerda) prevê o aumento dos salários mais baixos e dos impostos sobre as maiores empresas, assim como reverter a reforma do mercado de trabalho feita em 2012 pelo Governo de Mariano Rajoy, do PP (Partido Popular, direita).

O Unidas Podemos deverá ser responsável por quatro pastas ministeriais do futuro executivo, entre elas uma vice-presidência para o secretário-geral do Podemos, Pablo Iglesias, e outra para o líder da Esquerda Unida (inclui o Partido Comunista Espanhol), Alberto Garzón.

No entanto, o primeiro-ministro informou, após a investidura, que só tornará publica a composição de governo na próxima semana.

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