De acordo com a agência France-Presse, Teerão convidou Otava a "partilhar" com a comissão de inquérito iraniana, criada depois de o voo comercial ter caído perto da capital do Irão, na quarta-feira de manhã, provocando a morte dos 176 ocupantes, entre passageiros e tripulação.
O Ministério das Relações Exteriores do Irão convidou também a Boeing, fabricante da aeronave, a "participar" na investigação.
O primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, afirmou hoje que o seu Governo dispõe de informações de que o voo 752 de UIA foi derrubado por um míssil iraniano.
Trudeau, que falava numa conferência de imprensa, acrescentou que a ação "pode não ter sido intencional".
O aparelho, um Boeing 737 da companhia aérea privada ucraniana UIA, descolou da capital iraniana, Teerão, e tinha como destino a capital da Ucrânia, Kiev.
O avião despenhou-se dois minutos depois da descolagem, matando todas as pessoas que estavam a bordo, a maioria de nacionalidade iraniana e canadiana.
Pelo menos 63 cidadãos canadianos estavam a bordo.
Onze ucranianos, incluindo nove membros da tripulação, estão, igualmente, entre as vítimas mortais do acidente.
Também estavam dentro do avião da UIA cidadãos oriundos da Suécia, Afeganistão, Alemanha e Reino Unido.
A Ucrânia enviou para Teerão uma equipa de 45 investigadores para estudar as causas do desastre aéreo.
A tese de que a aeronave foi derrubada por balística iraniana também é partilhada pelo primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, que disse ter "um conjunto de informações" de que o Boeing 737 ucraniano foi "abatido por um míssil iraniano de superfície para ar".
Quatro oficiais norte-americanos que falaram sob a condição de anonimato, citados pela Associated Press, referiram que o avião ucraniano poderá ter sido confundido como uma ameaça por parte de Teerão.