A decisão ocorre após líderes ocidentais terem afirmado que o avião parecia ter sido atingido acidentalmente por um míssil, num momento de crescentes tensões entre os Estados Unidos e o Irão.
o Irão "convidou a Ucrânia e a empresa Boeing a participar das investigações", escreveu a IRNA, citando um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores.
O porta-voz Abbas Mousavi adiantou que também participam na investigação especialistas de outros países, cujos cidadãos morreram no acidente.
Autoridades norte-americanas, canadianas e britânicas declararam que é "altamente provável" que o Irão tenha abatido acidentalmente o avião civil que caiu perto de Teerão.
A agência norte-americana para a segurança dos transportes, a NTSB, anunciou na quinta-feira à noite que vai participar no inquérito ao acidente do Boeing ucraniano, após ter recebido uma notificação das autoridades aéreas civis do Irão.
Ao abrigo das regras da Organização da Aviação Civil Internacional, a NTSB designou um representante para o inquérito à catástrofe, que causou a morte de todas as 176 pessoas a bordo, na maioria iranianos e canadianos.
Também na quinta-feira, o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, tinha afirmado que o Boeing 737-800 da companhia aérea privada ucraniana Ukraine International Airlines (UIA) tinha sido, sem dúvida, abatido por um míssil iraniano, provavelmente por engano, de acordo com os serviços de informações canadianos e aliados.
O Irão pediu de imediato ao Canadá para partilhar essas informações, alegando "cenários duvidosos".
Por seu lado, o Presidente dos Estados Unidos manifestou dúvidas sobre a tese de um problema mecânico. "Sinto que alguma coisa terrível aconteceu", disse Donald Trump, ao referir um "possível erro".
O aparelho descolou de Teerão, com destino a Kiev, despenhando-se dois minutos após a descolagem.
A Ucrânia enviou para Teerão uma equipa de 45 investigadores para estudar as causas do desastre aéreo.
A tese de que a aeronave foi derrubada por balística iraniana também é partilhada pelo primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, que disse ter "um conjunto de informações" de que o Boeing 737 ucraniano foi "abatido por um míssil iraniano terra-ar".
Quatro oficiais norte-americanos que falaram sob a condição de anonimato, citados pela agência de notícias Associated Press, referiram que o avião ucraniano poderá ter sido confundido como uma ameaça por parte de Teerão.