"Uma coisa é certa, esse avião não foi atingido por um míssil", disse o presidente da Autoridade da Aviação Civil do Irão, Ali Abedzadeh, numa conferência de imprensa na capital iraniana.
Por outro lado, o governo da República Islâmica urgiu os Estados Unidos e o Canadá a partilharem informação sobre a queda do aparelho das linhas aéreas ucranianas que provocou a morte de 176 ocupantes, na maioria passageiros iranianos e canadianos.
Líderes ocidentais afirmaram na quinta-feira que o avião pode ter sido atingido de forma inadvertida por um míssil terra-ar poucas horas depois do bombardeamento iraniano contra bases militares no Iraque.
Entretanto, o chefe dos investigadores iranianos afirmou que Teerão admite recorrer a especialistas da Rússia, Ucrânia, França e Canadá caso "não seja possível recuperar as informações" registadas pelo aparelho que se despenhou.
De acordo com Hassan Rezaeifar, responsável pela investigação, a recuperação das caixas negras do avião pode tardar um mês e o processo de análise pode prolongar-se durante um ano.
O mesmo responsável disse em Teerão que o voo das linhas aéreas ucranianas descolou com uma hora de atraso, na quarta-feira, porque o piloto decidiu retirar parte das bagagens porque o aparelho se encontrava demasiado carregado.
Por sua vez, o presidente da Ucrânia não afasta a possibilidade de o avião ter sido atingido por um míssil após a descolagem.
"A teoria sobre o míssil não está afastada, mas ainda não foi confirmada ", disse Volodymyr Zelenskiy através de uma mensagem que publicou na plataforma digital Facebook.
O chefe de Estado da Ucrânia apelou também a "todos os parceiros internacionais", em particular aos Estados Unidos, Canadá e Reino Unido, a partilharem informação que pode ser relevante para a investigação.
Zelenskiy acrescentou que vai discutir o assunto hoje com o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo.