Colômbia diz que que impediu atentado contra antigo líder da FARC

As autoridades colombianas anunciaram ter frustrado um atentado contra o antigo líder da ex-guerrilha FARC, Rodrigo Londono, promovido por rebeldes que não reconhecem o acordo de paz (2016) para terminar com meio século de conflito armado.

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Lusa
13/01/2020 06:11 ‧ 13/01/2020 por Lusa

Mundo

Colômbia

Este domingo, o Presidente, Ivan Duque, saudou numa mensagem na rede social Twitter uma "ação conjunta" da polícia e da procuradoria realizada em Alcala, no departamento de Valle del Cauca ", graças à qual foi possível impedir um ataque contra Rodrigo Londono, presidente do partido FARC [Força Alternativa Revolucionária Comum]", que substituiu as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia.

Um informador alertou as autoridades sobre um "ataque iminente" a Londono, de 60 anos, também conhecido pelo nome de guerra de Tymoshenko, no departamento de Quindio (centro), disse aos jornalistas o diretor da polícia, Oscar Atehortua.

A polícia reforçou imediatamente a segurança de Rodrigo Londono e, no sábado, durante uma 'operação stop' numa região vizinha, localizou dois motociclistas cuja fisionomia correspondia à descrição fornecida pelo informador, acrescentou.

Os suspeitos armados com pistolas abriram fogo e foram mortos numa troca de tiros com a polícia.

Os suspeitos "estavam a pouco mais de um quilómetro da propriedade" de Rodrigo Londono, disse o diretor da polícia. Um dos dois suspeitos foi identificado como um guerrilheiro que lutou durante 17 anos nas FARC.

Segundo o chefe da polícia, os agressores eram membros de um grupo dissidente das FARC liderado por Hernan Dario Saldarriaga, apelidado de El Paisa, que durante anos liderou o comando de elite dos ex-guerrilheiros.

Saldarriaga é um dos três líderes de um grupo rebelde comunista que anunciou uma nova rebelião armada na Colômbia em agosto de 2019, liderada pelo ex-'número dois' e antigo mediador durante as negociações de paz, Ivan Marquez.

Os ex-rebeldes que assinaram o acordo de paz pediram repetidamente garantias de segurança após a morte de dezenas de ex-combatentes desde 2016.

Segundo as autoridades, estes foram executadas por grupos de traficantes de drogas e até por grupos dissidentes das FARC ou membros do Exército de Libertação Nacional (ELN).

Em 2019, 77 ex-combatentes foram mortos, o número mais alto desde a assinatura do acordo de paz, segundo a organização das Nações Unidas.

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