Segundo as fontes da CNE, vários elementos indicados pela CEDEAO estão a assistir na sala aos trabalhos iniciados às 10:00 (mesma hora em Lisboa), nomeadamente o antigo primeiro-ministro do Mali Soumeylou Maiga, o comandante das forças da ECOMIB, o coronel David Kadre, do Burkina Faso, o representante da CEDEAO em Bissau e Blaise Diplo, da Costa do Marfim.
Encontram-se ainda na sala de reuniões da CNE, dois peritos informáticos e especialistas em matéria eleitoral indicados pela CEDEAO.
Todo o perímetro externo da CNE está guardado por soldados da ECOMIB, fortemente armados, bem como os pontos de acesso e o passeio da instituição, mas com elementos das polícias de Ordem Pública e da Guarda Nacional da Guiné-Bissau.
Os dois candidatos que disputaram a segunda volta das eleições presidenciais, Umaro Sissoco Embalo e Domingos Simões Pereira, estão a ser representados pelos mandatários, Vença Gomes e Mário Lino da Veiga, respetivamente.
Também se encontram na sala todos os membros do secretariado executivo da CNE (José Pedro Sambu, Mpabi Cabi, idrissa Djaló e Felisberta Vaz) bem como os presidentes e os respetivos membros das oito Comissões Regionais de Eleições (CRE).
Ainda de acordo com uma fonte da CNE, estão a ser analisadas "ata por ata" e desta forma a verificar se os resultados anunciados no dia 01 de janeiro, correspondem ou não à realidade.
A CEDEAO deu na semana passada um prazo até 07 de fevereiro à CNE para cumprir a ordem dada pelo Supremo Tribunal de Justiça da Guiné-Bissau para tentar acabar com a crise política gerada pela contestação dos resultados das presidenciais.
Domingos Simões Pereira contestou os resultados da CNE, que deram a vitória a Sissoco Embalo, e o Supremo ordenou que fosse feito um novo apuramento nacional dos resultados.