Hungria. Extrema-direita comemora tentativa de quebrar bloqueio soviético
Meio milhar de manifestantes de extrema-direita comemoraram hoje, em Budapeste, a tentativa do exército nazi e dos seus aliados de quebrarem o bloqueio soviético à capital húngara, em 11 de fevereiro de 1945, onde morreram 20.000 soldados.
© Lusa
Mundo Hungria
Perto de 500 apoiantes de organizações de extrema-direita reuniram-se no Parque Városmajor, e nas proximidades decorreu uma contramanifestação de cerca de 400 pessoas, segundo o site de notícias index.hu citado pela agência espanhola Efe.
A polícia local fez deslocar para o local um contingente significativo de elementos para evitarem confrontos entre ambos os grupos, mas apesar da tensão, não houve incidentes de relevo.
Nos últimos meses da Segunda Guerra Mundial, no início de 1945, os soldados alemães e húngaros tentaram quebrar o bloqueio militar soviético a Budapeste para se juntarem a outras tropas nazis localizadas mais a oeste do país.
Segundo os historiadores, a operação realizou-se contra as ordens do ditador alemão Adolf Hitler, mas a cúpula militar nazi local decidiu tentar quebrar o cerco das tropas soviéticas que já haviam libertado grande parte da Hungria.
Nestes combates, cerca de 20.000 soldados húngaros e alemães morreram, sendo que apenas algumas centenas conseguiram escapar.
A polícia húngara proibiu hoje a comemoração, mas um tribunal anulou-a, pelo que as organizações de extrema-direita poderem fazer a comemoração da data nas ruas de Budapeste.
A Hungria, então sob a liderança Miklós Horthy, era aliada da Alemanha nazi na Segunda Guerra Mundial.
Esta ligação reforçou-se a partir de outubro de 1944 com o governo de Ferencz Szalasi, do movimento Arrow Cross, que sucedeu a Miklós Horthy.
Em março de 1944, as forças nazis ocuparam a Hungria sem resistência e depois de alguns meses começaram a deportar e matar centenas de milhares de judeus húngaros.
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