"Agradeço-lhe o seu gesto de vir, agradeço-lhe muito, e estou contente de poder vê-lo caminhando pela rua", disse em espanhol o pontífice argentino, ao que Lula da Silva respondeu com um "obrigado" em espanhol, de acordo com a agência de notícias espanhola Efe, que cita um vídeo difundido pelo antigo dirigente brasileiro na rede social Twitter.
Esta foi a primeira reunião entre os dois homens, num encontro que durou uma hora e no qual foram abordados temas como as desigualdades, a luta contra a fome ou o meio ambiente.
Lula da Silva disse ao papa que foi ao Vaticano para "agradecer e falar um pouco sobre o tema das desigualdades", mas também sobre as conquistas sociais e o cuidado com o meio ambiente, e valorizou a conversa que ocorreu "num momento delicado".
Esta foi a primeira vez que o antigo Presidente brasileiro saiu do país desde que foi libertado da prisão, em novembro, depois de a justiça brasileira ter aceitado adiar para dia 19 de fevereiro um interrogatório ainda pendente.
Lula da Silva, condenado em dois processos por corrupção, passou 580 dias na prisão e está em liberdade condicional e tem pelo menos outras sete investigações abertas pela justiça brasileira.
O antigo líder brasileiro foi condenado em terceira instância a oito anos e dez meses por corrupção passiva e branqueamento de capitais, depois de ter sido considerado culpado de receber um apartamento em troca de favores políticos à construtora OAS.
O processo será ainda analisado pelo supremo tribunal brasileiro, a última instância passível de recurso no Brasil.