"Posso confirmar os dois primeiros casos do novo coronavírus no Paquistão", escreveu na rede social Twitter o ministro da Saúde paquistanês, Zafar Hussain Mirza, acrescentando que as duas pessoas "estão estáveis" e a ser tratadas de acordo com "os protocolos" adequados.
O governante referiu que "não há necessidade de entrar em pânico", uma vez que a situação está "sob controlo".
Numa conferência de imprensa posterior, o ministro da Saúde do Paquistão esclareceu, citado pela agência espanhola Efe, que os dois infetados tinham regressado do Irão, país onde estão confirmados pelo menos 139 casos e 19 mortos.
O Paquistão fechou, entretanto, a fronteira terrestre com o Irão "até nova ordem", devido ao número elevado de casos confirmados no país, mas não cancelou voos entre Islamabad e Teerão.
Pelo menos 300 pessoas foram colocadas em quarentena na fronteira entre os dois Estados, confirmou o diretor do departamento de epidemias do Instituto Nacional de Saúde paquistanês, Mumtaz Ali.
O balanço provisório da epidemia do novo coronavírus é de mais de 2.700 mortos e mais de 81 mil infetados, de acordo com dados reportados por mais de 40 países e territórios.
Das pessoas infetadas, quase 30 mil recuperaram.
Além de 2.717 mortos na China, onde o surto começou no final do ano passado, há registo de vítimas mortais no Irão, Coreia do Sul, Itália, Japão, Filipinas, França e Taiwan.
A Organização Mundial de Saúde declarou o surto do Covid-19 como uma emergência de saúde pública de âmbito internacional e alertou para uma eventual pandemia, após um aumento repentino de casos em Itália, Coreia do Sul e Irão nos últimos dias.