O livro de 1981 'The Eyes of Darkness' ('Os Olhos da Escuridão', em português), do autor Dean Koontz, está a ser viral por estes dias pelas coincidências entre a ficção e a realidade do aparecimento do surto do novo coronavírus que surgiu na região de Wuhan, na China.
Isto porque o escritor versa sobre um cientista chinês chamado Li Chen, o mesmo nome daquele que, na realidade, publicou estudos sobre o surto que já matou mais de 2.700 pessoas.
Mas as coincidências não se ficam por aqui. De acordo com uma página do livro, colocada no Twitter pelo utilizador Darren of Plymouth, em 'The Eyes of Darkness' pode ler-se uma passagem 'perturbadora'.
"Eles chamam a isto Wuhan-400 porque foi criado num laboratório fora da cidade de Wuhan", aquela que foi a região chinesa onde o surto apareceu. Contudo, na obra, Wuhan-400 trata-se de uma arma biológica com taxa de mortalidade de 100%.
"É um mundo estranho aquele em que vivemos", escreveu Darren of Plymouth, a 16 de fevereiro, quando fez a publicação e partilhou as imagens da capa do livro e da página em causa.
It's a strange world we live in.#coronavirus #COVID19 #Wuhan pic.twitter.com/WkjbK4zGaW
— Darren of Plymouth (@DarrenPlymouth) February 16, 2020
Recorde-se que o novo coronavírus chegou esta quarta-feira a todos os continentes, depois de ter sido confirmado o primeiro caso no Brasil.
Para já todos os casos suspeitos deram negativo em Portugal, perfazendo um total de 17. No entanto, há um português infetado pelo novo vírus no Japão. Adriano Maranhão, é tripulante de um navio de cruzeiros e foi internado num hospital da cidade japonesa de Okazaki.
Além dos mais de 2.700 mortos na China, onde o surto começou no final do ano passado, há registo de vítimas mortais no Irão, Coreia do Sul, Itália, Japão, Filipinas, França e Taiwan. O balanço provisório da epidemia do coronavírus Covid-19 é de mais de 2.760 mortos e cerca de 81 mil infetados, de acordo com dados reportados por mais de 40 países e territórios. Dos infetados, quase 30 mil recuperaram.