Criança morre depois de ataque israelita a hospital em Gaza

Uma criança morreu "devido à interrupção dos cuidados" no hospital de al-Ahli, em Gaza, que ficou gravemente danificado hoje num ataque israelita, anunciou o diretor-geral da OMS na rede social X (antigo Twitter).

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Lusa
13/04/2025 19:46 ‧ há 2 dias por Lusa

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"O diretor do hospital informou a OMS. Uma criança morreu na sequência da interrupção dos cuidados de saúde. O serviço de urgência, o laboratório, o equipamento de raios X do serviço de urgência e a farmácia foram destruídos", escreveu Tedros Adhanom Ghebreyesus na sua conta do X.

 

A mesma fonte acrescentou que foram transferidos 50 doentes para outros hospitais, mas 40 pessoas em estado crítico não puderam ser deslocados.

"O hospital não pode receber novos pacientes enquanto aguarda as reparações", acrescentou o responsável, recordando que os "hospitais estão protegidos pelo direito humanitário internacional".

"Mais uma vez repetimos: os doentes, os profissionais de saúde e os hospitais devem ser protegidos. O bloqueio à ajuda deve ser levantado. Cessar-fogo", concluiu.

O Exército israelita acusou o Hamas de ter uma base de operações no hospital Al Ahli, também conhecido como Hospital Batista, bombardeado esta madrugada provocando a retirada forçada de doentes e pessoal médico.

"As Forças de Defesa de Israel (IDF) e as Forças de Segurança de Israel (ISA) atacaram um centro de comando e controlo utilizado pelo Hamas no Hospital Al Ahli, no norte de Gaza. O complexo era utilizado pelos terroristas do Hamas para planear e executar ataques terroristas contra civis e tropas israelitas", afirmou um comunicado militar hoje após o ataque, que teve lugar por volta das 02h30.

Não houve vítimas diretas do ataque, de acordo com uma fonte do Ministério da Saúde de Gaza.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros e Expatriados palestiniano condenou o ataque, recordando que Israel, durante os 18 meses de guerra, colocou fora de serviço um total de 34 hospitais na Faixa de Gaza, em ataques, cercos militares e incursões, apesar de serem edifícios protegidos em caso de conflito pelo direito humanitário internacional.

Desde 02 de março, Israel proibiu a entrada de qualquer tipo de mantimentos em Gaza, empurrando centenas de milhares de habitantes para a beira da fome, como denunciou há dias o Programa Alimentar Mundial, que teve de fechar as padarias na Faixa devido à falta de farinha e de gás para cozinhar.

Segundo o Ministério da Saúde do Hamas pelo menos 1.563 palestinianos morreram desde 18 de março, elevando para 50.933 o número de mortos no território palestiniano desde o início do conflito, originado pelo ataque de 07 de outubro de 2023 do Hamas e, que segundo Telavive, provocou cerca de 1.200 mortos e 250 reféns.

A 18 de março, Israel retomou os ataques em Gaza interrompendo a trégua acordada em meados de janeiro.

Leia Também: Exército israelita interceta projétil lançado de Gaza contra Israel

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