"É importante sublinhar que este é um problema que é provável que se torne mais significativo nos próximos dias e semanas. Vamos fazer todos os preparativos possíveis para esse [cenário]", afirmou, após uma reunião de emergência do comité COBRA, no qual se juntam elementos de diferentes ministérios e agências governamentais.
Johnson prometeu detalhes sobre os "passos necessários razoáveis e possíveis para conter a propagação da doença" decididos hoje, na terça-feira e nos próximos dias, de acordo com o "conselho científico" dos especialistas e médicos.
A mobilização de médicos aposentados e a dissuasão do uso de transportes públicos, apelando às pessoas que trabalhem de casa, são algumas das possíveis medidas referidas na imprensa britânica.
Na semana passada, o diretor geral de saúde britânico, Chris Whitty, admitiu que qualquer tipo de medidas, como o encerramento de escolas e outros serviços públicos e o cancelamento de eventos, como competições desportivas, concertos ou atividades culturais, poderá prolongar-se por vários meses.
"Uma das coisas que é evidente neste vírus, muito mais do que a gripe, é que tudo o que fizermos, teremos de o fazer por um longo período de tempo, provavelmente mais de dois meses", indicou.
O número de casos confirmados no Reino Unido é de 36, dos quais 13 foram diagnosticados no domingo, incluindo um sem qualquer histórico de viagem ou contacto com pessoas infetadas, tendo o nível de alerta sido elevado durante o fim de semana de "baixo" para "moderado".
Até agora, foram testadas 11.750 pessoas no país.
Boris Johnson foi criticado por estar apenas agora a liderar uma reunião de emergência sobre este tema, apesar de o governo estar a comunicar e a intervir há vários dias, incluindo a atualização diária do número de casos e de outro tipo de informação associada.