As autoridades francesas confirmaram esta sexta-feira o registo de mais 190 pessoas com testes positivos para o novo coronavírus, elevando para 613 o número de casos de infeção. O número de vítimas mortais cifra-se nos nove, com 39 pessoas nos cuidados intensivos.
O anúncio foi feito pelo diretor-geral de Saúde francês, Jérôme Salomon, que indicou que as treze regiões metropolitanas francesas foram afetadas pelo surto viral, assim como os territórios ultramarinos.
Os departamentos de Oise (norte de Paris) e Alto Reno (no leste do país), dois dos principais focos de contaminação no país, encontram-se de quarentena. Nestas regiões as escolas e creches estarão em encerradas durante 15 dias.
O primeiro-ministro francês, Édouard Philippe, afirmou que o país permanece em alerta nível 'dois', mas que uma série de medidas de reforço são necessárias em Oise e Alto Reno, locais onde mais casos têm sido detetados.
Phillipe explicou o encerramento das escolas se deve às crianças - menos propensas a desenvolver uma forma grave da doença - poderem transmitir o Covid-19 e terem mais dificuldades em respeitar as regras para travar o contágio.
O governo decretou também a limitação de "todas as reuniões, exceto as que sejam essenciais para a vida social e democrática", numa altura em que se aproximam as eleições municipais, que se vão realizar nos dias 15 e 22 de março.
O chefe do executivo francês pediu a todos os residentes nesses departamentos, e cujo estado de saúde seja delicado ou sofram de doenças crónicas, que permaneçam, na medida do possível, nas suas casas.
Phillipe pediu também a "desdramatização" do eventual passo para o nível três, que equivale à circulação ativa do vírus por todo o território nacional, e assegurou que as medidas correspondentes vão ser implementadas no momento correspondente.
Por seu lado, o ministro da Saúde, Olivier Véran, informou que vai autorizar as farmácias a prepararem os seus próprios géis desinfetantes para venda.
O surto de Covid-19, detetado em dezembro, na China, e que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou 3.385 mortos e infetou mais de 98 mil pessoas em 87 países e territórios, incluindo 13 em Portugal.
Das pessoas infetadas, mais de 55 mil recuperaram.