Em busca da cura: Voluntários pagos para serem infetados com Covid-19
No Reino Unido há uma clínica onde voluntários estão a ser infetados com estirpes de coronavírus numa tentativa de encontrar uma vacina que combata o Covid-19.
© Reuters
Mundo Covid-19
Existe uma clínica, no Reino Unido, que pode ter um papel vital na luta contra o Covid-19, uma vez que é ali que vários profissionais trabalham para encontrar uma vacina ou medicamentos antivirais que permitam combater o vírus que está a deixar o mundo em sobressalto.
"Esta é uma medida crítica para acelerar o desenvolvimento destes antivírus e vacinas", explica ao The Mirror o cientista responsável pela clínica Hvivo, Andrew Catchpole.
Segundo detalha o mesmo, os responsáveis não são infetados com o Covid-19 mas sim com estirpes “inofensivas” do coronavírus - o OC43 e o 229E -, os quais causarão uma doença respiratória muito leve
O objetivo é expô-los com segurança a "parentes próximos" desta doença mortal, ajudando as empresas farmacêuticas a testar possíveis vacinas.
A possibilidade de serem bem sucedidos nesta missão é de 1 em 100, admitem, sendo que os cuidados que estão a ser tomados são bastantes. Note-se, por exemplo, que a clínica só aceita como voluntários pessoas entre os 18 e os 55 anos e coloca imediatamente de parte qualquer voluntário que seja fumador. "Queremos garantir que os voluntários são pessoas saudáveis para termos a certeza que a doença pode ser controlada", explicam.
O procedimento consiste em, um mês antes do período de quarentena, dar a metade dos voluntários uma possível vacina para o Covid-19 e à outra metade um fármaco. Um mês depois todos serão 'infetados' através de um spray nasal e colocados depois em isolamento durante 14 dias, nos cerca de 17 quartos disponíveis na clínica.
A Hvivo, que realiza testes clínicos sobre vírus da gripe e constipações desde 2001, recebeu já 10 mil candidaturas de pessoas dispostas a ajudar nesta missão só em Whitechapel, leste de Londres.
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