Covid-19: Polónia encerra fronteiras aos estrangeiros

A Polónia decidiu encerrar as suas fronteiras aos viajantes estrangeiros para conter a propagação do novo coronavírus, anunciou no final da arde de hoje o primeiro-ministro Mateusz Morawiecki.

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Lusa
13/03/2020 19:43 ‧ 13/03/2020 por Lusa

Mundo

Covid-19

A República checa e a Eslováquia adotaram medidas similares na quinta-feira. Até ao momento, a Polónia registou 68 contaminações, incluindo uma morte.

"A maioria dos casos que propagam a epidemia são casos que foram importados. Não queremos que o coronavírus convirja de novo para o nosso país em grandes vagas", declarou aos 'media' o primeiro-ministro.

O Governo, que proclamou um "estado de ameaça epidemiológica", decidiu igualmente impor uma quarentena de duas semanas aos cidadãos polacos que regressem ao país, acrescentou Morawiecki.

Os estrangeiros que residam ou trabalhem na Polónia poderão entrar e também observar uma quarentena, em suas casas ou num local de isolamento que lhe será indicado.

O ministro do Interior, Mariusz Kaminski, precisou que estas medidas entram em vigor no sábado à meia-noite.

As fronteiras serão encerradas numa primeira fase por dez dias, com a possibilidade de prolongamento de 20 dias suplementares, e de seguida de um mês, precisou ainda Morawiecki.

O primeiro-ministro conservador polaco anunciou igualmente a suspensão do tráfego aéreo e ferroviário internacional a partir da meia-noite de sábado.

Todos os restaurantes, bares e clubes vão ser encerrados mas poderão efetuar entregas ao domicílio. Todos os ajuntamentos com mais de 50 pessoas, incluindo as missas, neste país profundamente católico, são igualmente proibidos por duas semanas.

O novo coronavírus responsável pela Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 5.300 mortos em todo o mundo, levando a Organização Mundial de Saúde (OMS) a declarar a doença como pandemia.

O número de infetados ultrapassou as 140 mil pessoas, com casos registados em mais de 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 112 casos confirmados.

A OMS declarou hoje que o epicentro da pandemia provocada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) se deslocou da China para Europa, onde se situa o segundo caso mais grave, o da Itália, que anunciou 250 novas mortes, um recorde em 24 horas, e que regista 1.266 vítimas fatais.

O número de infetados em Itália, onde foi decretada quarentena em todas as regiões, é agora superior a 17.600, cerca de 2.500 mais do que na quinta-feira e praticamente metade dos quase 35 mil casos confirmados na Europa, onde se registaram perto de 1.500 mortos.

Até à meia-noite de quinta-feira (16:00 horas em Lisboa), o número de mortos na China continental, que exclui Macau e Hong Kong, subiu para 3.176, após terem sido contabilizadas mais sete vítimas fatais. No total, o país soma 80.813 infetados.

A Comissão Nacional de Saúde informou que até à data 64.111 pessoas receberam alta após terem superado a doença.

Face ao avanço da pandemia, vários países têm adotado medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena inicialmente decretado pela China na zona do surto.

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