"Apesar do elevado risco, a situação está sob controlo", disse o Presidente russo, recordando que várias medidas foram tomadas desde fevereiro, como o encerramento da fronteira com a China, que até agora impediram "uma chegada maciça da doença no nosso país".
Referindo-se à situação "nada simples ou muito difícil na Europa", Putin elogiou as medidas drásticas de confinamento e de encerramento de locais públicos, em muitos países.
"Essas medidas são justificadas e desejamos sucesso aos nossos colegas", disse Putin, durante uma reunião do Governo sobre a epidemia.
O Presidente russo também pediu às autoridades que mantenham a população bem informada, para que todos "possam proteger-se e aos seus entes queridos" e que lutem "contra rumores prejudiciais".
Putin também pediu aos russos que mostrassem "solidariedade e disciplina" e respeitassem em particular as regras de confinamento, em particular para aqueles que regressam do exterior.
"O Estado e a sociedade devem agir de maneira concentrada e organizada, cuidando um do outro", conclui o Presidente russo.
O novo coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou mais de 180 mil pessoas, das quais mais de 7.000 morreram.
Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 75 mil recuperaram da doença.
O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 145 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Depois da China, que regista a maioria dos casos, a Europa tornou-se o epicentro da pandemia, com mais 67 mil infetados e pelo menos 2.684 mortos.
A Itália com 2.158 mortos registados até segunda-feira (em 27.980 casos), a Espanha com 491 mortos (11.191 casos) e a França com 148 mortos (6.663 casos) são os países mais afetados na Europa.
Face ao avanço da pandemia, vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.