Este foi o maior aumento do número de mortes em 24 horas desde que o vírus apareceu no Irão em meados de fevereiro. A República Islâmica conta agora com um total de 1.135 mortos devido ao novo coronavírus e 17.361 infetados.
O aumento acentuado do número de mortos preocupa os especialistas, que temem que o surto esteja longe de ser contido. Também têm sido generalizadas as críticas de que as autoridades agiram muito devagar e podem até ter encoberto os primeiros casos antes das infeções se espalharem.
O Irão foi o país mais atingido na região, com mais de 1.000 mortos e aproximadamente 90% dos mais de 18.000 casos confirmados do vírus no Médio Oriente.
A sua liderança indicou na terça-feira que "milhões" podem morrer na República Islâmica se as pessoas continuarem a viajar e ignorarem as orientações de saúde.
Dirigindo-se ao governo, o Presidente Hassan Rohani disse que o executivo foi "direto" com a nação, adiantando que anunciou o surto assim que soube do mesmo a 19 de fevereiro.
"Falámos com as pessoas honestamente. Não nos atrasámos", disse ainda.
O governo tem sido alvo de críticas pelo que foi visto como uma resposta lenta e desadequada.
Durante semanas, responsáveis imploraram aos clérigos que encerrassem os muito frequentados santuários para impedir a propagação do vírus. O governo acabou por fechar os locais sagrados esta semana.
"Claro que foi difícil fechar as mesquitas e locais sagrados, mas fizemo-lo. Era um dever religioso fazê-lo", disse Rohani.
Na sexta-feira começam os feriados do Ano Novo Persa, Nowruz, e as autoridades de saúde instam as pessoas a evitar viagens e lugares com muita gente, mas muitos parecem ignorar os avisos, aumento o risco de novos surtos.
O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou mais de 194.000 pessoas em todo o mundo, das quais mais de 7.800 morreram.