"Quero prestar uma homenagem em particular, não apenas ao NHS [Serviço Nacional de Saúde], mas também aos nossos professores. Vamos fazer tudo o que pudermos para remover os encargos das escolas. A Câmara deve esperar que sejam tomadas novas decisões iminentemente", afirmou, durante o debate semanal na Câmara dos Comuns.
Boris Johnson respondia aos deputados, numa sessão com uma audiência reduzida devido à precaução tomada pelos deputados de se sentarem distanciados para evitar um possível contágio, tendo em conta que pelo menos dois já foram diagnosticados com a doença.
Em resposta a perguntas do líder do principal partido da oposição, o trabalhista Jeremy Corbyn, Boris Johnson reiterou que o governo está a preparar novas medidas de apoio os trabalhadores que fiquem de baixa ou sejam despedidos.
Porém, Corbyn reiterou a necessidade de apoiar os trabalhadores sem contrato ou profissionais independentes, que não têm direito automático ao subsídio de doença nem a subsídios sociais e também aos cerca de três milhões de agregados familiares que vivem em casas arrendadas.
"O governo está a forçar prestadores de cuidados [a trabalhar] e eles são pessoas que poderão estar a transmitir inconscientemente a doença entre os mais vulneráveis da nossa comunidade, porque têm de escolher entre a saúde e a perda de rendimento", alertou.
O primeiro-ministro reconheceu a necessidade de melhorar o acesso a equipamento protetor e adiantou que o número de testes ao coronavírus Covid-19 no Reino Unido vai passar dos atuais 5.000 diários para 25.000.
Disse ainda que o país está "muito mais perto de ter um teste de disponibilidade geral, que vai determinar se as pessoas já tiveram a doença ou não, e que será realmente um grande benefício" para combater o surto.
De acordo com os números disponíveis, o Reino Unido registou até agora 71 mortes resultantes da pandemia de Covid-19 e identificou 1.950 casos positivos entre 50.442 testadas, estando o diagnóstico apenas disponível para aqueles que tenham necessidade de assistência médica.
O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou mais de 189 mil pessoas, das quais mais de 7.800 morreram.
Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 81 mil recuperaram da doença.
O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 146 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Face ao avanço da pandemia, vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.