Sun Shuopeng, presidente executivo da Cruz Vermelha chinesa, que se encontra de visita a Milão, disse ter ficado chocado ao ver tantas pessoas a andar pela cidade, a usar transportes públicos, a jantar em restaurantes e sem usar máscaras protetoras.
Sun recordou que a cidade de Wuhan, onde teve origem esta pandemia, só teve o pico de infeções após um mês de quarentena estrita.
O aviso do responsável chinês acontece no dia em que Wuhan, pela primeira vez desde o início da crise, não registou nenhuma nova infeção e quando se torna cada vez mais provável que a Itália ultrapasse a China em número de mortes associadas ao vírus.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 220 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 8.900 morreram.
Das pessoas infetadas, mais de 85.500 recuperaram da doença.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se já por 176 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, com a Itália, com 2.978 mortes em 35.713 casos, a Espanha, com 767 mortes (17.147 casos) e a França com 264 mortes (9.134 casos).
A China anunciou hoje não ter registado novas infeções locais nas últimas 24 horas, o que acontece pela primeira vez desde o início da pandemia. No entanto registou 34 novos casos importados.
No total, desde o início do surto, em dezembro passado, as autoridades da China continental, que exclui Macau e Hong Kong, contabilizaram 80.894 infeções diagnosticadas, incluindo 69.614 casos que já recuperaram, enquanto o total de mortos se fixou nos 3.237.
Destaque também para o Irão, com 1.135 mortes em 17.361 casos.
Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.