Modi apela a um "recolher obrigatório do povo" no domingo na Índia

O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, apelou hoje a um recolher obrigatório nacional no domingo na Índia, com 1,3 mil milhões de habitantes, como "experiência" e como "símbolo" na luta contra a pandemia do coronavírus.

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Lusa
19/03/2020 16:13 ‧ 19/03/2020 por Lusa

Mundo

Covid-19

"Este domingo, a 22 de março, das 07:00 às 21:00, todos os cidadãos devem seguir um 'recolher obrigatório do povo'. Durante este período não sairão das suas casas", declarou o dirigente nacionalista hindu numa comunicação à nação transmitida pela televisão.

Este dia de recolher será para os indianos "um símbolo do nosso sangue frio e da nossa determinação" face à epidemia, considerou.

"Esta experiência preparar-nos-á para os futuros desafios colocados pelo coronavírus", adiantou Modi.

Naquele dia, é pedido aos indianos que às 17:00 locais (11:30 em Lisboa) vão à soleira da sua porta, à varanda ou à janela para aplaudir durante cinco minutos e "saudar e encorajar" os trabalhadores "essenciais", como os profissionais de saúde, os polícias, os distribuidores ou os motoristas.

Sem impor medidas de confinamento obrigatório, como foi feito em vários países da Europa, o chefe do governo pediu aos indianos, no entanto, para se manterem em casa voluntariamente nas próximas semanas.

"Colocariam em perigo a vossa família e a vossa comunidade", advertiu.

A Índia conta oficialmente com 173 casos confirmados de Covid-19 e quatro mortos, de acordo com o último balanço. Os especialistas suspeitam que o número de doentes é largamento subestimado devido à diminuta quantidade de testes realizados.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 220.000 pessoas em todo o mundo, das quais mais de 8.900 morreram.

 Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se já por 176 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, com a Itália, com 2.978 mortes em 35.713 casos, a Espanha, com 767 mortes (17.147 casos) e a França com 264 mortes (9.134 casos).

No total, desde o início do surto, em dezembro passado, as autoridades da China continental, que exclui Macau e Hong Kong, contabilizaram 80.894 infeções diagnosticadas, incluindo 69.614 casos que já recuperaram, enquanto o total de mortos se fixou nos 3.237.

Destaque também para o Irão, com 1.135 mortes em 17.361 casos.

Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

 

 

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