Atualmente, 33 pessoas morreram na Suíça devido à Covid-19, segundo os números oficiais. Mais de 3.800 pessoas testaram positivo no país alpino, com uma população de 8,5 milhões de habitantes.
Em Tessin, o cantão mais atingido pela epidemia, "o setor hospitalar chegou a limite", afirmou o ministro da Saúde suíço, Alain Berset, no decurso de uma conferência de imprensa nesta região próxima da Itália, o país mais afetado da Europa pela pandemia.
Por sua vez, o presidente do cantão de Tessin, Christian Vitta, sublinhou que as autoridades "trabalham para aumentar os locais de cuidados intensivos".
Em simultâneo, em Berna, as autoridades também se referiram à gravidade da situação no Tessin. "A situação é dramática", declarou aos media Koch, um responsável do Gabinete federal de saúde pública.
A maioria das pessoas que faleceram na Suíça são idosos que sofriam de outras doenças. "Mas sei que existem jovens nos cuidados intensivos com respiradores, o risco de morte é muito elevado", sublinhou Koch.
Segundo as estimativas, entre os 800 locais de cuidados intensivos na Suíça, apenas 160 estavam ainda livres.
As autoridades também estão inquietas face ao aumento das despistagens dos últimos dias, uma situação que está a fazer escassear o número de testes ainda disponíveis.
Após ter solicitado o encerramento das escolas, o Governo suíço ordenou o fecho dos cafés, restaurantes e comércio, à exceção do setor alimentar, de saúde e de primeira necessidade.
Todas as manifestações públicas e privadas estão igualmente proibidas, mas diversos observadores interrogam-se sobre a necessidade de instaurar um regime de isolamento como em Itália ou em França.
Koch parece ter afastado de momento esta opção, ao considerar que "não são as medidas que fazem a diferença" mas antes "o comportamento" da população face às regras estabelecidas.
A Suíça, que não pertence à União Europeia mas está incluída no espaço Schengen, reintroduziu os controlos nas fronteiras italiana, alemã, francesa e austríaca.
A entrada da Suíça a partir destes quatro países deixou de ser possível, à exceção dos detentores de autorização de trabalho. Desde a introdução destas medidas, cerca de 11.000 pessoas foram impedidas de cruzar a fronteira pelos fronteiriços helvéticos.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 220 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 8.900 morreram.
Das pessoas infetadas, mais de 85.500 recuperaram da doença.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se já por 176 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, com a Itália, com 2.978 mortes em 35.713 casos, a Espanha, com 767 mortes (17.147 casos) e a França com 264 mortes (9.134 casos).
A China anunciou hoje não ter registado novas infeções locais nas últimas 24 horas, o que acontece pela primeira vez desde o início da pandemia. No entanto registou 34 novos casos importados.
No total, desde o início do surto, em dezembro passado, as autoridades da China continental, que exclui Macau e Hong Kong, contabilizaram 80.894 infeções diagnosticadas, incluindo 69.614 casos que já recuperaram, enquanto o total de mortos se fixou nos 3.237.
Destaque também para o Irão, com 1.135 mortes em 17.361 casos.
Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.