Na lista destacam-se Hassan Nafaa, professor de Ciência Política da Universidade do Cairo, que foi detido em setembro de 2019 devido a protestos antigovernamentais, além do ex-diretor de campanha do Presidente Abdel Fattah al-Sissi, Hazem Abdel-Azim.
Os restantes prisioneiros trabalhavam para partidos da oposição e integram o lote das 4.000 pessoas condenadas em setembro de 2019 por manifestações anti-poder, de acordo com organizações não-governamentais de defesa dos direitos humanos.
O Ministério Público, que não esclareceu se esta decisão se prende com receios de contágio pela Covid-19, decidiu ainda soltar, sob fiança, as quatro ativistas detidas na véspera, por causa de protestos em frente à sede do Governo egípcio, no Cairo, nos quais exigiam a libertação dos presos políticos, invocando a sobrelotação e falta de higiene das prisões.
Esses fatores, na opinião da militante política e intelectual Mona Seif, aumentam as probabilidades de as prisões egípcias se tornarem focos de propagação da Covdi-19 no país africano mais afetado pelo novo coronavírus, com seis mortes e 210 casos reportados.
O executivo liderado por Moustafa Madbouly anunciou um pacote de medidas de contenção na segunda-feira, decretando o encerramento de aeroportos, escolas e universidades e prevendo quebras no setor turístico na antecâmara da Semana Santa.
O novo coronavírus, responsável pela doença de Covid-19, infetou mais de 235 mil pessoas no mundo, das quais mais de 9.800 morreram e mais de 86.600 recuperaram.
O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se já por 177 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.