Ministro dos Cuidados de Saúde holandês demite-se devido a exaustão

O ministro dos Cuidados de Saúde holandês, Bruno Bruins, demitiu-se hoje, assumindo sofrer de exaustão, depois de ter desmaiado durante um debate parlamentar sobre a epidemia do novo coronavírus (Covid-19), que já infetou 2.460 holandeses.

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Lusa
19/03/2020 19:35 ‧ 19/03/2020 por Lusa

Mundo

Covid-19

A Casa Real holandesa emitiu um comunicado no qual diz ter aceitado a demissão, recomendada pelo primeiro-ministro, e agradece "os numerosos e importantes serviços prestados" por Bruno Bruins.

O ministro, que tinha a seu cargo a gestão da pandemia de Covid-19, desmaiou por breves instantes, enquanto falava no palanque, durante o debate parlamentar sobre o tema, na quarta-feira à noite.

Posteriormente, na sua conta na rede social Twitter, Bruno Bruins admitiu estar a sofrer de exaustão devido a "semanas intensivas" de trabalho.

Em comunicado citado pelo 'site' holandês em língua inglesa NL Times, Bruins admitiu não estar fisicamente capaz para a tarefa que desempenhava, comparando o combate ao novo coronavírus a um desporto de alta competição.

Para já, segundo a mesma fonte, o ministro da Saúde, Bem-Estar e Desporto, Hugo de Jonge, vai assumir a pasta dos Cuidados de Saúde.

O Governo holandês já decretou o encerramento de escolas, bares e restaurantes, para tentar controlar a propagação da Covid-19.

Ainda assim, o primeiro-ministro, Mark Rutte, tem excluído a opção de confinamento total da população.

Segundo relata a agência francesa AFP, o chefe do Governo holandês foi hoje a um supermercado, em Haia, para mostrar aos seus concidadãos que não há penúria de um produto muito cobiçado: papel higiénico.

"Temos bastante [papel higiénico]. Podemos todos fazer cocó durante 10 anos", disse, sorrindo.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 235 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 9.800 morreram.

Das pessoas infetadas, mais de 86.600 recuperaram da doença.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se já por 177 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, com a Itália a tornar-se hoje o país do mundo com maior número de vítimas mortais, com 3.405 mortos em 41.035 casos.

 

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