A Casa Real holandesa emitiu um comunicado no qual diz ter aceitado a demissão, recomendada pelo primeiro-ministro, e agradece "os numerosos e importantes serviços prestados" por Bruno Bruins.
O ministro, que tinha a seu cargo a gestão da pandemia de Covid-19, desmaiou por breves instantes, enquanto falava no palanque, durante o debate parlamentar sobre o tema, na quarta-feira à noite.
Posteriormente, na sua conta na rede social Twitter, Bruno Bruins admitiu estar a sofrer de exaustão devido a "semanas intensivas" de trabalho.
Em comunicado citado pelo 'site' holandês em língua inglesa NL Times, Bruins admitiu não estar fisicamente capaz para a tarefa que desempenhava, comparando o combate ao novo coronavírus a um desporto de alta competição.
Para já, segundo a mesma fonte, o ministro da Saúde, Bem-Estar e Desporto, Hugo de Jonge, vai assumir a pasta dos Cuidados de Saúde.
O Governo holandês já decretou o encerramento de escolas, bares e restaurantes, para tentar controlar a propagação da Covid-19.
Ainda assim, o primeiro-ministro, Mark Rutte, tem excluído a opção de confinamento total da população.
Segundo relata a agência francesa AFP, o chefe do Governo holandês foi hoje a um supermercado, em Haia, para mostrar aos seus concidadãos que não há penúria de um produto muito cobiçado: papel higiénico.
"Temos bastante [papel higiénico]. Podemos todos fazer cocó durante 10 anos", disse, sorrindo.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 235 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 9.800 morreram.
Das pessoas infetadas, mais de 86.600 recuperaram da doença.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se já por 177 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, com a Itália a tornar-se hoje o país do mundo com maior número de vítimas mortais, com 3.405 mortos em 41.035 casos.