Organismo europeu antifraude investiga produtos de proteção falsos na UE

O Organismo Europeu de Luta Antifraude (OLAF) abriu hoje uma investigação a produtos falsos contra a Covid-19, trabalhando com autoridades aduaneiras dos Estados-membros para impedir a chegada de máscaras ou 'kits' de teste contrafeitos à União Europeia (UE).

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© Kevin Frayer

Lusa
20/03/2020 15:27 ‧ 20/03/2020 por Lusa

Mundo

Covid-19

 

Em comunicado hoje divulgado, o OLAF aponta que, "lamentavelmente, o surto do novo coronavírus criou novas oportunidades para vendedores fraudulentos se aproveitarem da alta procura do mercado para comercializar produtos médicos, de proteção pessoal e de higiene falsos".

Por isso, este organismo abriu "uma investigação relativa às importações de produtos falsificados contra o Covid-19, que são ineficazes ou até prejudiciais à saúde", informa aquela estrutura.

Em causa estão produtos como máscaras, dispositivos médicos, desinfetantes e 'kits' de teste comprados através da internet, vindos de países como a China e que chegam à UE contrabandeados em malas de passageiros aéreos ou através das fronteiras terrestres.

"O OLAF e as autoridades aduaneiras nacionais estão a trabalhar juntos para impedir a entrada desses produtos perigosos ou falsificados ou proibidos na UE", vinca o organismo, garantindo uma "informação partilhada a tempo real" com entidades de cada país.

De acordo com o OLAF, "impedir a entrada desses produtos falsos na Europa é crucial para proteger a saúde dos cidadãos e combater efetivamente o vírus".

"Além de ineficazes, esses produtos também não cumprem os padrões da UE, sendo potencialmente prejudiciais à saúde, ao poderem, por exemplo, provocar uma grave contaminação bacteriana", explica o organismo.

No comunicado, o OLAF dá ainda o exemplo de uma falsa máscara para crianças, com imagens do filme Frozen, e de outras que foram vendidas a preços três vezes superiores ao normal (entre cinco a 10 euros).

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 250 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 10.400 morreram.

Das pessoas infetadas, mais de 89.000 recuperaram da doença.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se já por 182 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, com a Itália a tornar-se hoje o país do mundo com maior número de vítimas mortais.

 

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