Covid-19: Fronteira EUA/México fechada a viagens não essenciais
A fronteira entre os Estados Unidos e o México vai encerrar para as viagens não essenciais à semelhança da situada entre o território norte-americano e o Canadá, no quadro da luta contra a propagação do coronavírus, anunciou hoje Washington.
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Mundo Pandemia
"Os Estados Unidos e o México decidiram interditar as viagens não essenciais através da nossa fronteira partilhada", declarou o chefe da diplomacia norte-americana, Mike Pompeo.
"Os nossos dois países sabem a que ponto é importante trabalhar em conjunto para limitar a propagação do vírus", adiantou numa conferência de imprensa na Casa Branca.
O seu colega da Segurança Interna, Chad Wolf, precisou que o encerramento não diz respeito ao "comércio legal".
"As atividades comerciais essenciais não serão afetadas, nem na fronteira mexicana, nem na canadiana", acrescentou.
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na quarta-feira o encerramento temporário da fronteira entre os Estados Unidos e o Canadá para todo o tráfego "não essencial", medida que entra em vigor na noite de hoje para sábado e que tem uma duração inicial de 30 dias.
Ao contrário da decisão de proibir durante 30 dias a entrada nos Estados Unidos a partir da maioria dos países europeus, que surpreendeu a Europa e o mundo, Trump insistiu agora no caráter coordenado com os governos do Norte da América envolvidos.
"Tratamos as nossas duas fronteiras", norte e sul, "da mesma maneira", adiantou.
Trump considerou ser necessário limitar "as migrações globais em massa que poderiam esgotar os recursos" necessários para tratar os norte-americanos.
"Em tempos normais, estes fluxos massivos representam já um fardo enorme para o nosso sistema de saúde", disse o presidente dos Estados Unidos, que fez da luta contra a imigração uma das suas prioridades.
"Mas durante uma pandemia mundial, ameaçam ter o efeito de um tornado que propagaria a infeção (...) paralisaria o nosso sistema migratório, submergiria o nosso sistema de saúde e colocaria em grave risco a nossa segurança nacional", insistiu, adiantando: "Não vamos permitir isso".
Os Estados Unidos ultrapassaram na quinta-feira a barreira dos 10.000 casos de Covid-19 e contam 154 mortos, segundo um balanço da Universidade John Hopkins.
O país é agora o sexto no mundo com mais casos confirmados, atrás da China, Itália, Irão, Espanha e Alemanha, seguido da França e da Coreia do Sul.
Em todo o mundo foram registados mais de 250.000 casos do novo coronavírus e mais de 10.400 pessoas morreram devido à Covid-19.
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