O primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, explicou que declarar estado epidémico no país permitirá ao seu Governo fechar as escolas até à Páscoa, acrescentando que isso "não implica" que se adie as eleições (presidenciais).
Como outros países europeus, a Polónia implementou medidas radicais para combater a propagação do novo coronavírus, incluindo o encerramento de escolas (inicialmente, apenas até 25 de março) e a proibição de entrada de estrangeiros no seu território.
A oposição pediu ao partido do Governo que adiasse a eleição, invocando sondagens que indicam que 70% dos polacos pede esse adiamento, perante a crise sanitária.
As sondagens eleitorais, realizadas após o início da crise do novo coronavírus, mostram que o atual Presidente, Andrzej Duda, aliado do partido do primeiro-ministro, leva vantagem sobre os adversários, sendo mesmo provável que seja eleito logo à primeira volta.
A Polónia, que tem 38 milhões de habitantes, regista 411 casos de Covid-19 e cinco mortes.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, infetou mais de 265 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 11.100 morreram.
Das pessoas infetadas, mais de 90.500 recuperaram da doença.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se já por 182 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, com a Itália a ser o país do mundo com maior número de vítimas mortais, com 4.032 mortos (mais 627 que na quinta-feira) em 47.021 casos.
Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.