"Há que reduzir absolutamente aos mínimos todos os contactos", realçou Merkel à imprensa, alertando que festas ou outro tipo de convívios são "absolutamente inaceitáveis".
Os alemães podem sair à rua com outra pessoa, mas, caso se trate de um agregado familiar, o número de pessoas pode ser ampliado.
De resto, continua a ser possível seguir "para o trabalho ou ao médico", informou a líder alemã, bem como praticar desportos ao ar livre de forma individual.
Porém, da reunião de hoje não saiu 'luz verde' para a extensão do confinamento obrigatório à população à escala nacional, um sistema que já está em vigor na Baviera e em outros estados alemães com elevado número de infetados, mas que enfrenta a oposição de outros estados federados, menos afetados com o novo coronavírus.
Depois deste encontro com os líderes dos estados federados, as atenções voltam-se agora para o anúncio das medidas económicas que o executivo da maior economia europeia prepara para amenizar os efeitos da pandemia.
É esperado que, na segunda-feira, no Conselho de Ministros extraordinário, seja definido um pacote económico "de choque", que poderá ir à votação no parlamento na sexta-feira.
A televisão pública alemã ARD noticiou no sábado que a coligação governamental liderada por Merkel avance com um novo endividamento de, pelo menos, 150 mil milhões de euros, mas há outros meios de comunicação social que apontam para um montante muito superior, até ao dobro.
A Alemanha está entre os países com maior número de atingidos pela covid-19, que ascendem já a 18.616, com 55 vítimas mortais, de acordo com os dados hoje divulgados pelo Instituto Robert Koch (organismo responsável pela contabilização de casos na Alemanha).
Porém, a Universidade John Hopkins, nos Estados Unidos (EUA), projetou hoje que o total de infetados seja de 23.921, e que haja já 92 mortes.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 308 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 13.400 morreram.