Berlim e Londres repatriam cidadãos retidos em vários países do mundo

Alemanha e Reino Unido vão fretar aviões nos próximos dias para repatriar cidadãos da União Europeia e britânicos que estão retidos em várias zonas do mundo e com dificuldades em regressar aos respetivos países devido à pandemia de covid-19.

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Lusa
23/03/2020 14:19 ‧ 23/03/2020 por Lusa

Mundo

Covid-19

 

Segundo a Comissão Europeia, a Alemanha irá organizar voos para repatriar cidadãos europeus que se encontram no Egito, Marrocos, Tunísia, Filipinas, Argentina e na República Dominicana, enquanto o Reino Unido irá fretar aviões para garantir o regresso ao continente europeu de britânicos e de cidadãos de países da União Europeia (UE) que estão neste momento no Peru.

Outros países da UE, como Bélgica, Letónia, República Checa e Polónia, também estão a usar o Mecanismo Comunitário de Proteção Civil para repatriar cidadãos, pessoas que estavam em viagem e que foram surpreendidas pela evolução da pandemia do novo coronavírus, situação que desencadeou o cancelamento de milhares de voos comerciais em todo o mundo e o encerramento de fronteiras.

Na semana passada, a Comissão Europeia calculou que o número de europeus que se encontravam nesta situação superava as 100.000 pessoas.

Através do Mecanismo Comunitário de Proteção Civil, a UE financia até 75% do custo dos voos fretados.

Numa entrevista dada hoje por escrito à Lusa em Bruxelas, o comissário europeu para a Gestão de Crises, Janez Lenarcic, disse não ter recebido, até ao momento, nenhum pedido de Portugal para cofinanciamento de ações de repatriamento ou para mobilizar equipamentos de proteção devido à pandemia de Covid-19.

"Até ao momento, e durante esta crise de saúde, não recebemos qualquer pedido de Portugal", afirmou à Lusa o comissário europeu.

Nas mesmas declarações, o responsável confirmou que alguns Estados-membros já ativaram o Mecanismo para pedirem assistência logística da Comissão nos repatriamentos, bem como um cofinanciamento de até 75% dos custos de transporte, nos casos em que, por exemplo, trazem cidadãos de outros países da UE.

Apesar de ainda não ter pedido tal apoio financeiro a Bruxelas, Portugal tem feito algumas ações de repatriamento de cidadãos portugueses que querem regressar ao país e estão impossibilitados de o fazer devido à suspensão de viagens pelo surto de covid-19, por exemplo em Marrocos.

Entretanto, Portugal vai também realizar ações de repatriamento de portugueses em países como Cabo Verde, Bissau e São Tomé.

Ainda ao abrigo do Mecanismo Comunitário de Proteção Civil, os Estados-membros podem requerer ajuda para equipamentos de proteção, caso os que tenham no país se demonstrem insuficientes, o que já se verificou em Itália (que pediu ajuda a Bruxelas no final de fevereiro) e em Espanha (que o fez na semana passada).

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da doença Covid-19, já infetou mais de 341 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 15.100 morreram.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia, cujo epicentro é atualmente a Europa.

Em Portugal, há 23 mortes e mais de duas mil infeções confirmadas.

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