Numa comunicação interna, a que a Lusa teve acesso, o Parlamento indica que os funcionários da direção-geral onde trabalhava a vítima mortal "foram informados, e os serviços médicos estão em contacto direto com a sua equipa e unidade, para organizar apoio psicológico para os seus colegas e amigos diretos".
"À medida que a epidemia progride, mais e mais dos nossos colegas são confrontados com casos de covid-19 entre os seus familiares e amigos, no seu local de trabalho ou nos seus países de origem, e alguns ficaram eles próprios doentes", nota ainda a comunicação enviada aos funcionários do Parlamento Europeu.
O Parlamento Europeu vai realizar na próxima quinta-feira, em Bruxelas, uma sessão plenária de um só dia, com a esmagadora maioria dos eurodeputados ausentes -- e desaconselhados a viajar até Bruxelas -, recorrendo a votações por correio eletrónico para aprovar sem mais demoras algumas das propostas apresentadas pela Comissão Europeia para fazer face ao surto do novo coronavírus.
A Bélgica, sede das instituições da União Europeia, registava ao final da manhã de hoje um total de 3.743 casos confirmados de infeção por covid-19 e 88 vítimas mortais desde o início do surto.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 341 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 15.100 morreram.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, com a Itália a ser o país do mundo com maior número de vítimas mortais, com 5.476 mortos em 59.138 casos. Segundo as autoridades italianas, 7.024 dos infetados já estão curados.
A China, sem contar com os territórios de Hong Kong e Macau, onde a epidemia surgiu no final de dezembro, conta com um total de 81.054 casos, tendo sido registados 3.261 mortes.
Os países mais afetados a seguir à Itália e à China são a Espanha, com 2.182 mortos em 33.089 infeções, o Irão, com 1.812 mortes num total de 23.049 casos, a França, com 674 mortes (16.018 casos), e os Estados Unidos, com 390 mortes (31.057 casos).
Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras, e as instituições europeias funcionam basicamente apenas em regime de teletrabalho e através de videoconferências.