Em comunicado, o ministro da Saúde detalhou que dos 42 novos casos da doença, 22 foram detetados em Bogotá, que totaliza 114 e é a cidade com o maior número de infetados.
Quanto à terceira morte, o Ministério da Saúde anunciou que se trata de um homem de 88 anos que morava em Santa Marta e que não havia "qualquer historial de viagens a países com circulação da Covid-19", mas acrescentou que os familiares disseram que estava "em contacto frequente com turistas europeus num café" da cidade, contactos que as autoridades não identificaram.
Ainda hoje, o Governo colombiano anunciou medidas de emergência para lidar com a sobrelotação nas prisões, depois de um motim violento sábado à noite na capital, que deixou 23 mortos e 90 feridos.
As autoridades penitenciárias podem agora transferir ou isolar prisioneiros.
O objetivo é "desobstruir os centros penitenciários, de forma a atenuar a possibilidade de contaminação" com o novo coronavírus, explicou a ministra da Justiça, Margarita Cabello, na rede social Twitter.
Os confrontos deixaram 23 mortos e 90 feridos, incluindo sete guardas-prisionais, alastraram para uma dúzia de prisões em todo o país.
No domingo, a ministra atribuiu os problemas a uma tentativa de fuga e rejeitou as suspeições que vinculam esses motins às más condições na prisão, que sujeitam os presos a um maior risco de contágio.
De acordo com o Instituto Penitenciário Nacional (INPEC), existem cerca de 123 mil presos na Colômbia, apesar das prisões do país só poderem acomodar metade.
Quase 50 milhões de colombianos vão entrar em quarentena à meia-noite de terça-feira (05:00 em Lisboa), na tentativa de conter a propagação da pandemia.
As autoridades colombianas já suspenderam voos internacionais, fecharam fronteiras e paralisaram as atividades do país, à exceção das consideradas essenciais.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 341 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 15.100 morreram.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, com a Itália a ser o país do mundo com maior número de vítimas mortais, com 5.476 mortos em 59.138 casos. Segundo as autoridades italianas, 7.024 dos infetados já estão curados.